segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Roma e Assis recebem evento comemorativo pelos 50 anos da restauração do diaconato

O Centro Internacional dos Diáconos (CID) reuniu, até o dia 25, cerca de 600 pessoas nas comemorações do Jubileu de 50 anos da Restauração do Diaconato Permanente. O evento começou na quarta-feira, dia 21, em Roma, e tem a participação do arcebispo de Maringá (PR), dom Anuar Battisti, que representa a presidência do Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).
“Trago na bagagem todo o nosso povo, os nossos diáconos e de maneira especial os 28 novos diáconos servidores do Reino em nossa arquidiocese de Maringá”, comenta dom Anuar.
No encontro jubilar estão presentes representantes de 37 países. O objetivo é fazer o resgate histórico e refletir sobre as perspectivas do Diaconato para a Igreja depois de 50 anos do Concílio Vaticano II, ocasião em que foi publicada a Constituição Dogmática Lumen Gentium, documento que restaurou o diaconato como “grau próprio e permanente da hierarquia da Igreja”.
A programação do evento conta com momentos de troca de experiências relacionadas ao serviço diaconal nos diversos lugares. No primeiro dia do encontro, os participantes encontraram-se com o papa Francisco, em audiência. “Também celebramos a Eucaristia no santuário de São Lourenço e Santo Estevão, em Roma, primeiros diáconos mártires do Cristianismo, onde estão sepultados”, acrescenta dom Anuar Battisti.
O arcebispo de Maringá ainda conduziu uma palestra sobre “Diaconato Permanente na Igreja do futuro”.
A cidade de Assis, a cerca de 170 quilômetros do Vaticano, sediará o final das comemorações. “Vamos reviver a história de São Francisco, o grande reformador da Igreja, com o objetivo de rezar pelo papa Francisco a fim de que se concretizem as reformas tão desejadas por ele”, destaca dom Anuar.
Os participantes do encontro promovido pela CID são dos seguintes países: Austrália, Canadá, Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Brasil, Bolívia, Chile, Cuba, México, África do Sul, Zimbábue, Índia, Hong-Kong, Grã-Bretanha, Irlanda, Países Baixos, Letônia, Lituânia, República Checa, Hungria, Áustria, Itália, Espanha, Romênia, Finlândia, Suíça, França, Bélgica, Polônia, Ucrânia, Rússia, Honduras, Luxemburgo, Costa Rica, Suécia e Alemanha, que sedia a entidade internacional dos diáconos.
Diaconato
O diaconato permanente foi restaurado na Igreja pela Constituição Dogmática Lumen Gentium, publicada em 21 de novembro de 1964.
Em 2003, a CNBB, em parceria com a Comissão Nacional dos Diáconos (CND), publicou as Diretrizes para o Diaconado Permanente (Documento 96), que apresenta orientações sobre a formação, a vida e o ministério dos diáconos permanentes da Igreja no Brasil.

Diácono Valney
Com informações e foto da arquidiocese de Maringá

domingo, 11 de outubro de 2015

Padrinhos homossexuais… O que a Igreja tem a dizer?

Foto: ACI Prensa
A escolha de padrinhos para batizar bebês, crianças e adultos deve levar em consideração o que diz a Igreja em relação a este assunto. Mas, o desconhecimento de tais orientações pode levar a situações controversas, como possíveis padrinhos homossexuais que tenham uma vida sexual ativa dentro deste estilo de vida. A impossibilidade destes para apadrinhar uma batizando, porém, não é de forma alguma discriminação. É o que explica o Padre Paulo Ricardo afirmando que os critérios para ser padrinhos se aplica a todos, independentemente da orientação sexual.

Citando o Catecismo da Igreja católica, em seu número 1255, o sacerdote, conhecido do público católico pelo seu apostolado nos meios de comunicação e na internet, explica que o padrinho e a madrinha têm o papel de colaborar com os pais no desenvolvimento da graça batismal de seu afilhado. Por isso, “devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar, o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã”.

Padre Paulo Ricardo pontua ainda os requisitos ditados pelo Código de Direito Canônico para que uma pessoa seja padrinho ou madrinha. Esses elementos estão expostos no cânon 874: seja designado pelo batizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo; tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exceção por justa causa; seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir; não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada; não seja pai ou mãe do batizando.

Destes requisitos, explica o Pe. Paulo, o terceiro é o que diz respeito ao tema em questão, ao estabelecer que os padrinhos devem levar uma vida de acordo com a fé. Sendo assim, afirma que a pessoa escolhida não pode estar vivendo uma situação de pecado, como práticas sexuais fora do matrimônio, como ocorre no caso das relações homossexuais, que não são contempladas por esse sacramento.

“Claramente percebe-se que a norma não se refere especificamente a homossexuais, mas sim, é geral, abrangendo todos aqueles que vivem uma vida sexual ativa e fora do sacramento do matrimônio. Portanto, não há que se falar em discriminação”, sublinha o Padre.

Um caso concreto envolvendo esta questão aconteceu na Diocese de Cádiz y Ceuta, Espanha. Após o pedido do transexual A.S. de ser padrinho de Batismo, o pároco local manteve uma cordial conversação com o mesmo indicando que devia cumprir com os requisitos que expressa o Código de Direito Canônico, C. 874/3.

O pároco animou A.S. a viver congruentemente sua fé e que, apesar de não ser o padrinho de Batismo, participasse de algum modo como padrinho espiritual, podendo animar e ajudar na vida de fé do batizando. A proposta foi acolhida pelo solicitante que demonstrou respeito e cordialidade ao pároco, dispondo-se a ajudar dentro de suas possibilidades no bem do batizando. Durante a conversa ficou entendido que a impossibilidade não se devia primariamente à sua condição de transexual, mas de outros requisitos que o próprio A.S. reconheceu não cumprir.

“Segundo o Código de Direito Canônico é o pároco ou ministro do sacramento quem deve velar com responsabilidade para que se cumpra os requisitos do cânon 874, e inclusive dissuadir quem, segundo o seu parecer, não os cumpre por diferentes razões, pelo próprio bem do batizado, pois o padrinho tem que velar pelo crescimento na fé do batizado e acompanha-lo para que aprenda de sua mão os fundamentos doutrinais e morais da fé cristã”, explica um comunicado da Diocese.

O mesmo texto indica que não se deve estranhar que alguém possa não ser admitido, algo que acontece com frequência, por não ser considerado idôneo por seu estilo de vida, critérios ou incongruência com a vida cristã e as disposições da Igreja, o qual não supõe nenhuma discriminação.

Diacono Valney

Fonte: AciDigital

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Dinamismo e participação: novidades do Sínodo


                                    Card. Baldisseri cumprimenta o Papa Francisco – AP
Portal Católico – Mais dinamismo e participação: o Secretário do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, apresentou à imprensa a metodologia de trabalho do iminente evento sinodal, que terá início este domingo (04/10) com a celebração da Missa presidida pelo Papa na Basílica de S. Pedro.“Esta Assembleia representa o momento conclusivo do percurso sinodal iniciado dois anos atrás, com o envio do primeiro questionário a todas as Igrejas particulares”, afirmou o Cardeal.
No total, serão 270 padres sinodais, provenientes dos cinco continentes, assim divididos: 54 da África, 64 da América, 36 da Ásia, 107 da Europa e 9 da Oceania. Acrescentam-se a eles 24 especialistas ou colaboradores, 51 auditores e auditoras e 14 delegados fraternos. Destaque para os casais de esposos, pais e chefes de família, que serão 18 no total.
Metodologia
Quanto à metodologia, os próprios padres sinodais sugeriram modificações para tornar o Sínodo mais dinâmico e participativo. Isso será feito através da distribuição dos discursos pronunciados pelos membros em tempo breve, para poder dedicar mais atenção a cada contribuição. Além disso, os padres sinodais pediram a valorização do trabalho nos Círculos menores, onde se verifica uma participação mais ativa à discussão, um confronto mais direto e imediato entre os padres na própria língua, nos quais os auditores e os delegados fraternos podem eventualmente intervir. Os trabalhos serão divididos entre congregações gerais e círculos menores. Nas congregações gerais terão direito a se pronunciar 318 participantes (entre padres sinodais, delegados fraternos e auditores), com três minutos à disposição. Serão cerca de 70 pronunciamentos por dia. Ao final de cada sessão, será reservado um período de uma hora para pronunciamentos livres dos padres sinodais. Já os círculos menores serão 13 no total, sem limite de tempo para os discursos. Serão três semanas, em que serão debatidos três temas: “A escuta dos desafios sobre a família”, “O discernimento da vocação familiar” e “A missão da família hoje”.
Comunicação
Sobre a relação entre o Sínodo e a imprensa, o Cardeal Baldisseri afirma que será mantido o critério já expresso pelo Santo Padre: o Sínodo deve ser um espaço protegido para que o Espírito Santo possa agir; de modo que os padres sinodais tenham a liberdade de se expressarem com coragem. Durante as três semanas, haverá diariamente uma coletiva de imprensa, com a presença de padres sinodais, e a utilização de todos os meios de comunicação disponíveis. Os participantes são livres de comunicar com a imprensa segundo sua discrição e responsabilidade.
Documento final
A Comissão para a Elaboração do Relatório Final foi nomeada pelo Santo Padre, e é composta por representantes dos cinco continentes: Cardeal Péter Erdo, Arcebispo de Esztergom-Budapeste (Hungria); Dom Bruno Forte, Arcebispo de Chieti-Vasto (Itália); Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim (Índia); Cardeal Donald William Wuerl, Arcebispo de Washington (EUA); Dom John Atcherley Dew, Arcebispo de Wellington (Nova Zelândia); o Arcebispo Victor Manuel Fernández, Reitor da Pontifícia Universidade Católica Argentina (Argentina); Dom Mathieu Madega Lebouakehan, Bispo de Mouila (Gabão); Dom Marcello Semeraro, Bispo de Albano (Itália); Padre Adolfo Nicolás Pachón, S.I., Propósito Geral da Companhia de Jesus, representando a União dos Superiores Gerais.
Ulteriores informações
No sábado, 17 de outubro, terá lugar a Comemoração dos 50 anos do Sínodo dos bispos, na Sala Paulo VI. No domingo, 18, terá lugar a Missa para a canonização, entre outros, dos Bem-aventurados Ludovico Martin e Amria Azelia Guérin, pais de Santa Teresa do Menino Jesus. Na Basílica de Santa Maria Maior, os fiéis são convidados a acompanhar os trabalhos sinodais com a oração. Todos os dias, será rezado o Terço às 17h, com a celebração da Missa às 18h. Na primeira semana se reza pelos filhos, na segunda pelos pais e na terceira pelos avós.
Diácono Valney