quinta-feira, 16 de abril de 2015

Catequese do Papa alerta sobre a deformidade e desinformação sobre a Teoria de gênero.

Arquidiocese de Brasília

Na catequese desta quarta-feira, (15), o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses com tema família e falou sobre a importância da diferença entre homem e mulher na definição da família e do matrimônio.
O pontífice deu início abordando um trecho do livro do Genesis que diz: “Deus criou o ser humano à Sua imagem, criou-os homem e mulher.” E explicou “Esta afirmação do Gênesis diz que não só o homem nem só a mulher são imagem de Deus, mas ambos, como casal, são imagem do Criador. A diferença entre eles tem em vista a comunhão e a geração, e não a contraposição nem a subordinação”.
Ainda segundo o Papa a cultura moderna e contemporânea abriu novos espaços para novas compreensões sobre esta diferença, e por conseqüência trouxe muitas dúvidas e ceticismos. “Pergunto-me, por exemplo, se a chamada ‘teoria de gênero’ não seja expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela. Sim, corremos o risco de retroceder”, afirmou Francisco, advertindo que a excisão da diferença é o problema, e não a solução. 
O Santo Padre explicou ainda que as indiferenças entre homens e mulheres devem ser resolvidas com diálogo e paciência e alertou os intelectuais para que não haja banalização do elo matrimonial e familiar, pois estes são assuntos sérios. “O elo matrimonial e familiar é algo sério, e o é para todos, não só para os fiéis. Gostaria de exortar os intelectuais a não abandonarem este tema, como se tivesse se tornado um empenho secundário a favor de uma sociedade mais livre e mais justa”.
Francisco recordou que Deus confiou a terra à aliança do homem e da mulher: a falência desta aliança gera a aridez dos afetos no mundo e obscurece o céu da esperança. Os sinais são visíveis e preocupantes, disse, indicando duas reflexões que merecem atenção.
A primeira é a certeza de que se deve fazer muito mais a favor da mulher para reforçar a reciprocidade entre os dois gêneros. A segunda reflexão diz respeito ao tema do homem e da mulher criados à imagem de Deus.
E concluiu exortando sobre a grande importância da responsabilidade da Igreja e de todos os fiéis para redescobrir a beleza do projeto criador. “A terra enche-se de harmonia e confiança quando a aliança entre o homem e a mulher é vivida no bem. Jesus nos encoraja explicitamente ao testemunho dessa beleza”, concluiu o Papa.
Ao saudar os numerosos grupos na Praça, aos de língua árabe pediu esforços para que, na Igreja e na sociedade, a igualdade entre os gêneros seja respeitada, rejeitando toda forma de abuso e injustiça, em especial contra as mulheres.

Diácono Valney

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Que nenhuma criança se sinta um erro ou sem valor, diz Papa Francisco em catequese

Arquidiocese de Brasília

O Papa Francisco, após a reflexão sobre o Tríduo Pascal na semana passada, retomou nesta quarta-feira, (8), o ciclo de catequese sobre a família. O Santo Padre voltou a falar sobre o sofrimento das crianças sob as novas realidades sociais, realidade da rejeição, do abandono, de crianças que têm a infância e futuros roubados.
Com essa difícil realidade, o Pontífice lembrou que as pessoas costumam dizer que foi um erro ter colocado crianças no mundo, mas condenou severamente esta atitude. “Não descarreguemos sobre as crianças as nossas culpas, por favor! As crianças nunca são um erro”.
Para Papa Francisco, a fome, a falta de escola, a pobreza e fragilidade vivida por muitas crianças só faz com que elas precisem ser tratadas com mais generosidade. E continuou dizendo que cada criança marginalizada é um grito que se eleva a Deus e que acusa o sistema que os próprios adultos construíram.
“Em todo caso, são infâncias violadas no corpo e na alma. Mas nenhuma dessas crianças é esquecida pelo Pai que está nos céus! Nenhuma das lágrimas delas seja perdida! Como não deve ser perdida a nossa responsabilidade, a responsabilidade social das pessoas, de cada um de nós e dos países”.
O Santo Padre lembrou ainda que muitas vezes as crianças sofrem por consequências de decisões erradas dos próprios pais como “uniões imaturas e separações irresponsáveis”.
O Papa Francisco recordou ainda que Jesus sempre demonstrou um carinho especial pelas crianças: chamava-as para estarem consigo. Assim, a Igreja tem a obrigação de estar ao serviço das crianças e de acompanhar as suas famílias, dando o exemplo de que nenhum sacrifício é exagerado quando permite que uma criança se sinta amada, pois nenhuma criança é esquecida pelo Pai que está nos céus.
Para concluir Francisco convidou os fiéis a pensarem como seria uma sociedade que se baseasse neste princípio: “É verdade que somos imperfeitos e cometemos muitos erros. Mas quando se trata de crianças que vêem ao mundo, qualquer sacrifício dos adultos não será julgado exagerado se isso fizer com que nenhuma criança se sinta um erro ou sem valor”.

Diácono Valney