quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Zélia e Jerônimo pode ser o primeiro casal a ser beatificado no Brasil

Arquidiocese do Rio de Janeiro 21/01/2014

Nascidos no estado do Rio de Janeiro, o casal teve a abertura do processo de beatificação ratificada no último fim de semana, na Arquidiocese do Rio. Nesta segunda-feira (20) foi cumprida a segunda etapa do processo, com a apresentação aos fiéis dos restos mortais do casal, na paróquia São Sebastião, Bairro da Tijuca.
Segundo o vigário episcopal para a Vida Consagrada e responsável pelos processos de candidatos à causa dos santos da Arquidiocese do Rio, Dom Roberto Lopes, Zélia e Jerônimo é um casal fluminense que exala santidade e pode ser grande ícone para todo o mundo.
“O casal teve uma vida muito santa, dentro da própria vida familiar. Geraram 13 filhos, morreram quatro e os outros nove se consagraram a Deus: três sacerdotes e seis religiosas. Eles tratavam seus empregados como pessoas amigas; eram realmente um referencial. É um casal que ressalta a beleza da família, que realmente é o grande instrumento para a santificação”, conta.
A partir do momento que a Congregação para a Causa dos Santos reconhecer as virtudes heroicas deles, e apresentando os milagres, poderá acontecer a beatificação.
Jerônimo nasceu em Magé, na Baixada Fluminense, e Zélia Pedreira em Niterói. Casaram-se em 27 de julho de 1876, na Chácara da Cachoeira, na Tijuca. “Mesmo eles não tendo nascido na cidade do Rio, Zélia morreu em nossa Arquidiocese. Pedimos a transferência de competência apenas do Jerônimo, porque sua morte aconteceu na Diocese de Nova Friburgo”, explicou Dom Roberto. Ele convidou a todos a testemunharem as graças recebidas pela intercessão do casal. “Contamos com todo povo de Deus. Quem por ventura puder relatar alguma graça pela intercessão do casal Jerônimo e Zélia, pode nos procurar na Arquidiocese”, incentivou.

Dados biográficos

Nomes: Zélia Pedreira Abreu Magalhães (1857-1919) e Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1851 -1909)

Sobre Zélia: Primogênita de João Pedreira do Couto Ferraz, secretário do Supremo Tribunal de Justiça e aposentado do Supremo Tribunal Federal, e de Elisa Amália de Bulhões Pedreira, nasceu em 5 de abril de 1857, no bairro do Ingá, em Niterói, capital da então Província do Rio de Janeiro. Recebeu primeiramente o nome da mãe, Elisa, logo trocado pelo anagrama Zélia, composto pelo pai.
De família proeminente, Zélia teve como avós paternos o Desembargador Luís Pedreira do Couto Ferraz e Guilhermina Amália Correia Pedreira e como avós maternos, o Comendador José Manuel de Carvalho Bulhões e Justina Justa de Oliveira Bulhões. Entre os parentes próximos, havia o Barão do Bom Retiro, presidente da Província do Rio de Janeiro, cargo que hoje corresponde ao de Governador do Estado, seu tio paterno; a Baronesa de Anadia, sua tia materna; o Visconde de Duprat, seu cunhado; e o Arcebispo de Porto Alegre, Dom José Claudio Ponce de Leão, seu primo.

Sobre Jerônimo: Filho do fazendeiro Fernando de Castro Abreu Magalhães e de Rosa Rodrigues Magalhães, Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1951-1909) nasceu em Magé, Província do Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1951. Seu pai, que veio para o Brasil acompanhar o irmão, Monsenhor Baccelar, Capelão do Imperador, construiu a grande fazenda de café Santa Fé, próxima ao Carmo do Cantagalo, e fez grande fortuna. Colaborou para o desenvolvimento da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, onde situava-se a fazenda, cooperou com a fundação do Colégio Anchieta em Nova Friburgo e extinguiu a escravatura em sua fazenda muito antes do decreto imperial. Teve quatro irmãos sacerdotes e algumas sobrinhas religiosas.
Jerônimo fez os estudos preparatórios em Lisboa, mas formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1873.

Diácono Valney

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Papa Francisco nomeia padre Marcos Tavoni bispo.

CNBB - O papa Francisco nomeou hoje, 15, o padre Marcos Antônio Tavoni como bispo da diocese de Bom Jesus de Gurgueia (PI). Atualmente, padre Marcos é pároco da paróquia Cristo Redentor, em Taguatinga Norte (DF).
Padre Marcos nasceu na cidade de São Carlos (SP), em 21 de abril de 1967. É filho de Antônio e Dirce Tavoni. Quando criança, foi acólito na paróquia Santa Izabel da diocese de São Carlos, na qual também exerceu atividades como catequista. Também atuou como funcionário da área acadêmica da Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo, por nove anos.
Ingressou no Seminário Diocesano de São Carlos em 1989 e cursou os dois primeiros anos de Filosofia. Mudou-se para Brasília (DF) para prosseguir com os estudos, concluindo a Filosofia e a Teologia no Seminário Maior Arquidiocesano. Recebeu espiritualidade e formação missionária no Seminário “Redemptoris Mater”, integrando a primeira turma.
Foi ordenado presbítero em 30 de novembro de 1996, pelo então cardeal, dom José Freire Falcão. O trabalho missionário é marca de sua trajetória sacerdotal. Quando seminarista participou de uma missão itinerante na Amazônia, nas capitais Belém, Manaus e Porto Velho.
Missão
Exerceu seu ministério, por muitos anos, como missionário na arquidiocese de Palmas (TO), na qual, desde 1997, desempenhou as funções de pároco, professor, ecônomo e reitor do Centro de Evangelização e do Seminário Interdiocesano. Dedicou-se à direção da Casa de Marta que desenvolve atividades de reintegração à sociedade de jovens adolescentes grávidas. Foi um dos primeiros professores da Escola Diaconal São Lourenço. Coordenou a Comissão que elaborou o primeiro Diretório de Iniciação Cristã.
Também atuou como secretário do Conselho Presbiteral por dois períodos e vigário episcopal da região São Pedro de 2007 a 2008. Na vacância da arquidiocese de Palmas, esteve como secretário do Colégio Consultivo, entre outras atividades no Conselho Ampliado de Pastoral e coordenador da Pastoral da Comunicação. Padre Marcos é um dos precursores do Caminho Neocatecumenal no estado do Tocantins.
Diácono Valney