segunda-feira, 25 de julho de 2016

Novo livro relata 350 conversões clamorosas dos últimos 100 anos

Por que a ovelha recuperada pode trazer mais alegria que as 99 que não se perderam?


Aleteia - De São Paulo a Santo Agostinho, de Santa Maria Madalena a Santa Teresa Benedita da Cruz, de filósofos ateus ao “rei do aborto”, de artistas famosos ao rabino de Roma… A história da humanidade está cheia de exemplos de conversões a Cristo, vividas por pessoas muito diferentes, que trilharam estradas muito diversas, cujas trajetórias se tornaram exemplares para as outras “noventa e nove ovelhas”.
O modelo do convertido é apresentado pelo próprio Jesus Cristo na parábola do filho pródigo. O filho pródigo leva uma vida dissoluta, mas a sua alma se lembra da morada do pai e ele volta, arrependido e envergonhado. Os outros cristãos, muitas vezes, se parecem com o irmão mais velho, que fica com ciúmes pelos elogios que seu pai faz ao filho recuperado (Lc 15,11-32). O irmão também precisava de conversão.
E em Mt 18,10-14, Jesus nos pergunta:
Se um homem tem cem ovelhas e uma delas se perde, acaso ele não deixa as noventa e nove restantes na montanha e vai em busca da que se extraviou? E, quando a encontra, eu vos afirmo que se alegrará mais por ela do que pelas noventa e nove que não se extraviaram”.
Demos uma breve olhada na longa lista de grandes conversos dos últimos cem anos: o influente pensador Chesterton, o pastor Newman, os escritores Vittorio Messori, Maria Nágera e Svetlana Stalin, filha de Joseph Stalin… Atores como Sylvester Stallone, Gary Cooper, Fabio McNamara, Eduardo Verástegui… Filósofos como C. S. Lewis, Manuel García Morente, André Frossard… O prêmio Nobel Alexis Carrel, o “ex-rei do aborto” Bernard Nathanson, o Grande Rabino de Roma Eugenio Zolli… E os que se convertem no final da vida, como os escritores Jorge Luis Borges e Oscar Wilde, o criminoso executado (e arrependido) Jacques Fesch…
O escritor Jacinto Ferrer publicou recentemente o livro “Conversos modernos a micrófono abierto” (ainda sem tradução ao português), no qual passa a palavra a 350 pessoas das mais inverossímeis procedências e que se converteram a Cristo.
São muitas as conversões que a Igreja testemunha a cada ano. Muitos batizados de adultos são verdadeiras conversões em todo o mundo. Só nos Estados Unidos, por exemplo, de 40.000 a 80.000 adultos são batizados na Igreja católica por ano. Também naquele país, é frequente que filhos de ateus se tornem cristãos.
É compreensível que só cheguem até os nossos ouvidos os casos dos “famosos”. Evidentemente, cada conversão tem valor incalculável, mas as das pessoas publicamente conhecidas têm maior impacto social. Em muitos casos, trata-se de pessoas que sofrem grande pressão do ambiente em que vivem, o que pode ser um fator de “freio” para a sua conversão: para muitos deles, converter-se implica enfrentar todo um círculo social e profissional e sofrer enormes mudanças em sua vida e em seus relacionamentos.
Por que essas pessoas convertidas parecem mostrar maior fortaleza em sua defesa e exposição da fé?
Certamente, pessoas como Maria Madalena, aquela que “muito amou porque muito lhe foi perdoado” (Lc 7,47), sabem valorizar melhor o amor de Deus que descobriram, já que lhes custou muito encontrá-lo. As “outras noventa e nove” o tiveram desde sempre – e é alto o risco de que a facilidade e o costume as levem à rotina, a não valorizar suficientemente o imenso presente com que já contam. Este foi o caso do irmão mais velho do filho pródigo.
“As outras noventa e nove” precisam de “pequenas” conversões diárias, que podem não ser tão “pequenas” assim. A reforma pessoal permanente é outra forma grandiosa e impactante de heroísmo.

Diácono Valney

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Bento XVI tinha razão sobre os muçulmanos.



Aleteia - Na noite de 12 de setembro de 2006, minha esposa e eu estávamos jantando em Cracóvia com amigos poloneses quando um agitado vaticanista italiano (me perdoem pela redundância nos adjetivos) me ligou querendo saber o que eu achava "do louco discurso do papa sobre os muçulmanos". Aquele foi, para mim, o primeiro indício de que o rebanho da imprensa mundial estava prestes a bombardear o que Bento XVI tinha dito em Regensburg; uma suposta “gafe” que os meios de comunicação continuariam a trazer à tona o tempo todo, até o final daquele pontificado.
Oito anos depois, a palestra de Regensburg (Ratisbona) desperta reações bem diferentes. Aliás, quem de fato a leu em 2006 entendeu que, longe de cometer uma “gafe”, Bento XVI explorou com precisão acadêmica duas questões fundamentais, cujas respostas influenciariam profundamente a guerra civil que corroi as entranhas do islã: uma guerra cujo resultado determinará se o islã do século XXI é seguro para os seus próprios adeptos e seguro para o mundo.

A primeira questão era a liberdadereligiosa: será que os muçulmanos conseguiriam encontrar, dentro dos seus próprios recursos espirituais e intelectuais, argumentos islâmicos que defendessem a tolerância religiosa (incluindo a tolerância para com quem se converte do islã a outras religiões)? O processo desejável, sugeriu o pontífice, deveria levar, ao longo do tempo (séculos, no caso), a uma teoria islâmica mais completa sobre a liberdade religiosa.
A segunda questão era a estruturação das sociedades islâmicas: será que os muçulmanos poderiam encontrar, também com base nos seus próprios recursos espirituais e intelectuais, argumentos islâmicos que defendessem a distinção entre autoridade religiosa e autoridade política dentro de um Estado justo? O desenvolvimento igualmente desejável desse processo ​​poderia tornar as sociedades muçulmanas mais humanas em si mesmas e menos perigosas para os seus vizinhos, especialmente se vinculado a uma emergente experiência islâmica de tolerância religiosa.
O papa Bento XVI chegou a sugerir que o diálogo inter-religioso entre católicos e muçulmanos se concentrasse nessas duas questões interligadas. A Igreja católica, admitiu livremente o papa, tinha as suas próprias batalhas no tocante à liberdade religiosa em uma comunidade política constitucionalmente regulada, na qual a Igreja desempenhava um papel fundamental dentro da sociedade civil, mas não diretamente no governo. Mas o catolicismo tinha conseguido resultados interessantes: não capitulando diante da filosofia política laicista, e sim usando o que tinha aprendido da modernidade política para voltar à sua própria tradição, redescobrindo elementos do seu pensamento sobre a fé, a religião e a sociedade que tinham se perdido ao longo do tempo e desenvolvendo a sua doutrina sobre a sociedade justa do futuro.
Será que tal processo de recuperação e desenvolvimento é possível no islã? Esta foi a grande pergunta feita por Bento XVI na palestra de Regensburg.
É uma tragédia de proporções históricas que esta questão tenha sido, primeiro, mal interpretada, e, depois, ignorada. Os resultados desse mal-entendido e desse descaso (e de muitos outros mal-entendidos e muitas outras ignorâncias) estão agora sendo expostos de modo macabro no Oriente Médio: dizimação de antiquíssimas comunidades cristãs; barbaridades que chocaram o aparentemente inchocável Ocidente, como a crucificação e a decapitação de cristãos; países cambaleantes; esperanças despedaçadas de que o Oriente Médio do século XXI possa se recuperar das suas várias doenças culturais e políticas e encontrar um caminho para um futuro mais humano.
Bento XVI, tenho certeza, não sente prazer algum ao ver a história vingar o seu discurso de Regensburg. Mas os seus críticos de 2006 poderiam examinar em sua consciência o opróbrio que despejaram sobre ele há oito anos. Admitir que eles entenderam tudo errado em 2006 seria um bom primeiro passo para abordarem a própria ignorância sobre a guerra civil intra-islâmica que ameaça gravemente a paz do mundo no século XXI.

Quanto ao diálogo proposto por Bento XVI sobre o futuro do islã, ele agora parece bastante improvável. Mas, caso aconteça, os líderes cristãos devem listar sem rodeios as patologias do islamismo e do jihadismo; devem deixar de lado as desculpas não históricas pelo colonialismo do século XX (que imita desajeitadamente o que há de pior nos chavões acadêmicos ocidentais sobre o mundo islâmico árabe); e devem declarar publicamente que, diante de fanáticos sanguinários, como são os responsáveis ​​pelo reinado de terror que está assolando o Iraque e a Síria neste momento, o uso da força das armas, prudente e bem direcionado por aqueles que têm a vontade e os meios para defender os inocentes, é moralmente justificado.

Diácono Valney

sábado, 2 de julho de 2016

Médica abandona prática de abortos após ver ultrassonografia de seu bebê.



 
ACi Digital
WASHINGTON DC - Yvonne Frank Moore é uma obstetra e ginecologista que abandonou a prática do aborto depois de ver a ultrassonografia do seu próprio bebê.
Sua história foi apresentada na página pró-vida dirigida a adolescentes Teenbreaks. Em seu breve e intenso testemunho, a doutora Moore descreve como começou a realizar abortos quando era residente na Universidade de Tennessee.
“Foram motivos econômicos que tiveram um papel decisivo para me converter em abortista. Tornou-se em uma tradição muito lucrativa o fato de ter mais de um emprego nas três clínicas de aborto locais”, disse.
Moore explicou que os abortistas podem ganhar muito dinheiro sem sair da cidade ou trabalhando durante a noite nas salas de emergência de hospitais. “Como a prática de abortos era tão lucrativa, nesse naquela época não entendia porque alguns residentes se negaram realizá-la”, afirmou Moore.
Começou praticando abortos em período parcial, logo passou a uma prática de período integral. Ao tornar-se médico residente sênior, ficou responsável por um dos centros de aborto. Também desempenhou funções de liderança e formação em seminários, convertendo-se em defensora do aborto. Mas, tudo mudou depois que ela ficou grávida.
“Foi assim até quando eu fiquei grávida e realmente comecei a examinar meus sentimentos acerca dos aspectos morais do aborto. Demorei mais de um ano para ficar grávida da minha filha. A primeira vez que vi o pequeno lampejo dos batimentos do seu coração na tela da ultrassonografia, fiquei completamente apaixonada por ela”, manifestou.
“Finalmente, cheguei a conclusão de que a única coisa que fez com que a minha filha fosse diferente dos outros bebês que assassinei foi o fato de que a desejava. Era como se tivesse tirado uma venda dos meus olhos e pudesse perceber o que antes não conseguia ver em tantos anos por ter acabado com novas vidas”.
A Dra. Moore compara sua conversão a de Saulo de Tarso, quando estava a caminho de Damasco, para converter-se em São Paulo, porque ele trabalhou incansavelmente na difusão do Evangelho depois de ter passado muitos anos perseguindo os cristãos.
Ela realizou aproximadamente 180 abortos e agora abraça a causa contra a qual lutou uma vez.
Atualmente esta médica é responsável pela formação de voluntários em um centro de recursos para a gestação, compartilhando seus conhecimentos médicos a fim de ajudar as mulheres a mudarem a mentalidade a respeito do aborto.
Diácono Valney