sexta-feira, 24 de março de 2017

Aprovada a canonização dos Protomártires do Brasil.


Imagem: domínio público


VATICANO, 23 Mar. 17 / 11:00 am (ACI Digital)

- O Papa Francisco aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e
 Bispos Membros da Congregação sobre a canonização dos Protomártires do Brasil,
 também conhecidos como mártires de Cunhaú e Uruaçu.

Ao receber nesta quinta-feira o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos,
 Cardeal Angelo Amato, o Pontífice deu a autorização que levará à canonização de
 André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, sacerdotes diocesanos, e Mateus
Moreira, leigo, como também de 27 companheiros, mártires.

Eles foram assassinados por ódio à fé no Brasil em 16 de julho de 1645
e 3 de outubro de 1645.

Em entrevista à rádio Rural, da Arquidiocese de Natal, o Arcebispo, Dom Jaime
 Vieira Rocha, deu a notícia da aprovação da canonização dos mártires. 
“Estamos vivendo este momento muito feliz de ação de graças a Deus”, disse.

O Arcebispo informou que agora o Papa Francisco “vai convocar um consistório
 para oficializar a canonização dos nossos mártires”.

“Mas, já podemos nos alegrar. Hoje é o dia em que a Arquidiocese de Natal,
 a Igreja no Brasil, todos nós povo de Deus e, sobretudo os devotos dos mártires de
 Cunhaú e Uruaçu guardarão na memória como a data histórica quando foi propagada
 a notícia da aprovação da canonização dos mártires”, ressaltou.

Em seguida, recordou um refrão do hino dos protomártires, que diz: “Mártires da fé,
filhos do Rio Grande, homens e mulheres, jovens e meninos. Pelo bom pastor deram
 o seu sangue, nossa Igreja em festa canta os seus hinos”.

O nome de protomártires foi dado na ocasião da visita do Papa João Paulo II,
em 13 de outubro de 1991, na Missa de encerramento do XII Congresso Eucarístico,
ocorrido em Natal.

Sua história remonta ao período em que holandeses calvinistas ocuparam territórios
do nordeste do país, entre 1630 e 1654. Na época, quiseram obrigar os católicos
a se converterem ao calvinismo e proibiram a celebração da Santa Missa.

Foi nesse contexto que, em 1645, católicos do Engenho de Cunhaú foram martirizados
durante a Celebração Eucarística, de maneira violenta. Três meses depois, o caso voltou
a se repetir em Uruaçu com crueldade ainda maior. Segundo relatos, nessa ocasião,
o camponês Mateus Moreira teve o coração arrancado pelas costas, mas, antes de
morrer pôde gritar em alta voz: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”.

Padre André de Soveral, Padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e outros
27 companheiros foram beatificados por São João Paulo II, em 5 de março de 2000.

Diácono Valney

quinta-feira, 16 de março de 2017

A incorruptibilidade do manto de Guadalupe: a ciência não encontra explicações.








Ciencia confirma Igreja - O Dr. Adolfo Orozco (foto), investigador do Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autonômica do México, assinalou que o extraordinário estado deconservação do manto da Virgem de Guadalupe “está completamente fora de todo tipo de explicação científica”.

Orozco, que também é especialista no manto da Virgem, falou em Phoenix, EUA, no 1º Congresso Internacional Mariano sobre a Virgem de Guadalupe.

O especialista disse que “todos os tecidos similares a do manto que foram colocadas em ambientes úmidos e salinos como o que rodeia a Basílica, não duraram mais de dez anos”.

Em 1789 fora pintada uma cópia a imagem de Guadalupe.
“Essa imagem foi feita com as melhores técnicas de seu tempo, era formosa e estava feita com um tecido bastante similar a do manto original. Além disso, também estava protegida com um vidro desde que foi exposta”, indicou.

A imagem em seu santuário.
A imagem em seu santuário.
Entretanto, “oito anos depois, essa cópia teve que ser desprezada porque estava perdendo as cores e as fibras se estavam rompendo.

Em contraste – acrescentou Orozco – o manto original vem sendo exposto há116 anos sem nenhum tipo de amparo, recebendo todos os raios infravermelhos e ultravioletas de dezenas de milhares de velas que estavam perto dela”.

Uma das características mais interessantes do manto, prosseguiu, "é que a parte de trás do tecido é rugoso e pouco liso; enquanto que a parte de adiante (onde está a imagem de Guadalupe) é 'tão suave como a seda' como assinalavam os pintores e cientistas em 1666; e confirmou quase cem anos depois, em 1751, o pintor mexicano Miguel Cabrera”.

O manto de São Juan Diego é feito de fibras de agave (da mesma família botânica que produz o sisal e a iúca, foto embaixo).

O Dr. Orozco relatou mais dois fatos sem explicação científica ligados à conservação da imagem.

O primeiro ocorreu em 1785 quando um trabalhador acidentalmente derramou um líquido que continha um 50% de ácido nítrico na parte direita do tecido.

Está fora do entendimento natural o fato que o ácido não tenha destruído a malha; e que ademais não danificasse as partes coloridas da imagem”, precisou.

Agave: de um pé semelhante ao da foto foi tirada a fibra do manto de São Juan Diego
O segundo relaciona-se com a explosão de uma bomba perto do manto em 1921. A bomba explodiu a 150 metros da imagem e destruiu todos os vidros nesse raio.

Entretanto, explicou o perito, “nem o manto nem o vidro comum que a protege foram danificados ou quebrados”. O único afetado foi um Cristo de ferro que terminou dobrado.
Não há explicação para o fato que as ondas expansivas que romperam os vidros a 150 metros ao seu redor não destruíram o que cobria a manto.

“Alguns dizem que o Filho, com o crucifixo que sim foi afetado, protegeu a imagem de Sua Mãe. O certo é que não temos uma explicação natural para essa ocorrência”, concluiu.