quarta-feira, 11 de maio de 2011

Novo presidente da CNBB já foi professor da UNB

UnB Agência
RECONHECIMENTO - 10/05/2011
Reprodução/UnB Agência

Dom Damasceno, cardeal arcebispo de Aparecida, foi eleito para o cargo em votação que contou com 277 bispos de todo o Brasil
Thais Antonio - Da Secretaria de Comunicação da UnB
O cardeal arcebispo da Arquidiocese de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, foi eleito o novo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) durante a 49º Assembleia Geral da entidade, em Aparecida, SP. Dom Damasceno foi professor da Universidade de Brasília de 1978 a 1992, quando deu aulas no então Departamento de Geografia e História (GEH).
Dom Damasceno foi eleito para um mandato de quatro anos. “Eu sempre digo que nunca me candidatei a nenhum cargo na CNBB”, disse em Aparecida. “Evidentemente, nós estamos à disposição para servir a Igreja quando os desígnios de Deus se manifestam através de mediações humanas, como é o caso de uma eleição”.
Formado em Filosofia e Teologia, foi professor de Introdução à Metodologia Científica e Introdução à Filosofia na UnB. Não havia curso de Filosofia na época e as disciplinas que Dom Damasceno lecionava eram oferecidas para a universidade inteira. Em 1984, o curso foi criado no GEH e o eclesiástico passou a assumir a disciplina de Estágio Supervisionado. Em 1986, mesmo ano de criação do Departamento de Filosofia, ele foi ordenado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília.
Os poucos professores que faziam parte do FIL na época fizeram uma vaquinha para comprar um anel de ouro para Dom Damasceno. Ele usou o anel até o fim do ano passado, quando foi nomeado Cardeal pelo Papa Bento XVI e passou a usar a joia que recebeu das mãos do Pontíficie durante a cerimônia oficial de nomeação, em 20 de novembro. Nelson Gonçalves Gomes, professor do FIL era um deles. “Ele era muito querido no departamento”, diz. “Era competente como filósofo, bom colega, bom homem e muito profissional”.
Ubirajara Calmon Carvalho, professor aposentado, conta que Dom Damasceno era bastante conciliador. “Não tinha posições radicais e era moderado”, relata. “Tinha abertura tal que fazia a conciliação entre posições ideológicas extremadas”. Além disso, o professor enaltece as qualidades do colega, que acredita fazer jus ao cargo de presidente da CNBB. “Ele é um pastor no sentido católico do termo, ou seja, aquela pessoa que cuida da organização eclesiástica dos fiéis”, afirma. “Não nos esqueçamos que ele, como cardeal, pode vir a ser Papa”.

fonte: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=5057

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