Por O Catequista.
Uma pessoa pode até não saber bem significado do uso do incenso em celebrações da Igreja, mas quando avista aquela fumaça, já percebe que o momento é especialmente solene. Na Igreja Católica, o uso do incenso nas celebrações é um ato de adoração. Como elemento litúrgico, ele favorece a criação de uma atmosfera sagrada, e inspira em todos uma atitude de reverência.
E o que é o incenso? É um concentrado de resinas de plantas; joga-se o incenso na brasa do turíbulo, e então seu perfume se espalha pelo ambiente por meio da fumaça. Simbolicamente, essa fumaça é a oração do sacerdote e dos fiéis que sobe aos Céus.
Nas celebrações em geral, percebemos a oração do povo somente por meio da audição. Porém, quando se usa o incenso, a oração se torna sensível para nós também por meio de dois outros sentidos: a visão e o olfato.
Assim, além de dar um tom de solenidade e embelezar as cerimônias, o incenso é educativo, pois nos mostra como uma oração deve ser feita para honrar a Deus. O nosso sentimento e as palavras usadas na oração devem subir ao Céu como sobe a fumaça: com respeito, com suavidade, com beleza, com humildade, buscando ser agradável.
Observando como a fumaça do incenso se movimenta e a sensação que produz, um católico percebe que não deve orar de forma desordenada e histérica. Nada de berros, nada de ficar lançando “desafios” a Deus ou de vomitar palavras de modo acelerado e excitado, como se fosse um locutor de partida de futebol. Devemos viver a intimidade com Deus, mas essa intimidade não deve se desvirtuar na falta de reverência.
E em que ocasiões se usa o incenso? Nas Missas e procissões, para mostrar a importância da festividade do dia. Incensa-se o altar, a Cruz, a Bíblia, a imagem da Virgem, as oferendas sobre o altar, os ministros, o povo e o Santíssimo.
Se você é daquele tipo que se arrepia todo só de ver o pequeno turíbulo da sua paróquia em ação, ia precisar tomar um calmante pra não ter um treco diante do Botafumeiro da Catedral de Santiago de Compostela. É um dos maiores turíbulos do mundo, com 1,60 de altura. São precisos vários homens para puxar a corda que o faz “voar” de um lado a outro da Catedral.
Diácono Valney
Diácono Valney