terça-feira, 22 de dezembro de 2015

“Milagre” na China: 10 mil católicos clandestinos celebram o jubileu sem ser presos.


Abertura da Porta Santa de Zhengding (China) Fonte: AsiaNews, AsiaNews  Copyright, Zenit.
 Na abertura da Porta Santa de Zhengding, a santa missa foi celebrada por dom Julius Jia Zhiguo, não reconhecido pelo governo e mantido em prisão domiciliar
 “É um milagre! É uma proteção do Céu”, consideram os entusiastas católicos chineses da comunidade clandestina de Zhengding (Hebei), que, neste domingo, se reuniram para celebrar o início do Jubileu e a abertura da Porta Santa.
 O “milagre”, explica a agência AsiaNews, é que a polícia, sempre diante da igreja, não fez nada para impedir o gesto e não prendeu ninguém. Além disso, quem presidiu a liturgia, das 8h30 às 12h30, foi o bispo dom Julius Jia Zhiguo, não reconhecido pelo governo e mantido em prisão domiciliar durante anos por se recusar a aderir à Associação Patriótica, o órgão do Partido Comunista que gerencia uma “Igreja Católica” independente do papa e de Roma.
 Dom Jia Zhiguo é vigiado dia e noite e, com frequência, é levado para uma ou duas semanas “de férias” pela Associação Patriótica, ou seja, para cursos de doutrinação e lavagem cerebral. Mesmo controlado, o prelado conta com a estima da polícia e da população. Durante longo tempo, em sua casa, ele abrigou cerca de 200 crianças abandonadas e pessoas portadoras de deficiências, cuidando delas pessoalmente com a ajuda de algumas freiras e fiéis.
 A abertura solene da Porta Santa em Zhengding foi precedida por uma procissão e uma série de leituras da Misericordiae Vultus, a bula com que o papa Francisco proclamou o Jubileu. Depois de aberta a Porta Santa, houve a cerimônia eucarística. “É incrível – disse uma freira – que tantas pessoas tenham podido se reunir durante tanto tempo sem ninguém ser preso”.
 Faz anos que o governo chinês tenta eliminar as comunidades clandestinas que realizam atos religiosos considerados “criminosos” pelo Partido. Muitos sacerdotes envolvidos estão presos. Nos últimos meses, tem havido forte pressão contra sacerdotes e bispos clandestinos para se juntarem à Associação Patriótica, inclusive com tentativas de suborno.
 Diácono Valney

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Agendamentos para o processo de Nulidade de Casamento na Arquidiocese de Brasília

Arquidiocese de Brasília. - Na última segunda-feira, 30 de novembro, o Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Brasília abriu a agenda para àqueles que desejam entrar com o processo de Nulidade de Casamento. Normalmente aqui em nossa Arquidiocese esta agenda é aberta duas vezes no ano, em meados de novembro e inicio de dezembro que marca atendimentos para o primeiro semestre do ano seguinte e no meio do ano, para agendar atendimentos no segundo semestre.
Segundo o padre Carlos Costa Carvalho, Juiz Adjunto do Tribunal, as primeiras vagas na agenda já foram preenchidas, porém as pessoas podem colocar seus nomes em uma lista de espera. Padre Carlos disse ainda que o tribunal está implantado novas formas de otimizar o atendimento e garantir que todas as pessoas dessa lista sejam atendidas ainda no primeiro semestre do próximo ano.
A lista de espera estará aberta até o dia 15 de dezembro de 2015.
O Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Brasília fica na Esplanada dos Ministérios, EMI, Lote 12, no prédio da Cúria Metropolitana. O horário de funcionamento é de 2ª a 6ª Feira (8h.00 às 12h.00 – 13h.00 às 17h00). Contatos: 3213-3327/ 3213-3326.
O que é Tribunal Eclesiástico
O Tribunal Eclesiástico é um órgão judiciário, para decisão em primeira instância, de todas as causas judiciais que não sejam reservadas a órgãos especiais. Por direito, na diocese, o Bispo é o Juiz de primeira instância, que pode exercer este poder pessoalmente ou por delegação (cânon 1419). Em geral, o Bispo delega este poder a um Vigário Judicial e nomeia juízes eclesiásticos. O Vigário Judicial, em união com o Bispo, forma com os demais Juízes o Tribunal Eclesiástico de primeira instância (cânon 1420).
Os Tribunais Eclesiásticos podem julgar todas as causas jurídicas não reservadas diretamente ao Romano Pontífice (c. 1419, § 1º). Por exemplo, reservadas ao Papa aquelas relativas ao privilégio da fé, beatificação e canonização dos servos de Deus, à nulidade do sacramento da ordem. Em geral, as causas julgadas nestes Tribunais se referem à separação dos cônjuges, declaração de nulidade matrimonial, imposição de excomunhão, delitos praticados por clérigos. Salvo exceções estabelecidas na vigente legislação canônica, o Tribunal sempre atuará colegialmente, ou seja, em turnos de três juízes.
Para a instrução das causas, o Tribunal possui ainda um corpo auxiliar formado de juízes auditores e notários, nomeados pelo Bispo Diocesano e que atuam na oitiva das partes e testemunhas de modo a oferecer ao Turno Judicante, o material necessário à formação da certeza moral em base à qual se decidirá o pleito.
O Vigário Judicial da Arquidiocese de Brasília é o Presidente do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação, e atua sempre colegialmente, num turno de 03 (três) juízes. Estes juízes, via de regra, são sacerdotes, porém o Código de Direito Canônico permite às Conferências Episcopais a nomeação de juízes leigos (cânon 1421, §2)

Diácono Valney
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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Roma e Assis recebem evento comemorativo pelos 50 anos da restauração do diaconato

O Centro Internacional dos Diáconos (CID) reuniu, até o dia 25, cerca de 600 pessoas nas comemorações do Jubileu de 50 anos da Restauração do Diaconato Permanente. O evento começou na quarta-feira, dia 21, em Roma, e tem a participação do arcebispo de Maringá (PR), dom Anuar Battisti, que representa a presidência do Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).
“Trago na bagagem todo o nosso povo, os nossos diáconos e de maneira especial os 28 novos diáconos servidores do Reino em nossa arquidiocese de Maringá”, comenta dom Anuar.
No encontro jubilar estão presentes representantes de 37 países. O objetivo é fazer o resgate histórico e refletir sobre as perspectivas do Diaconato para a Igreja depois de 50 anos do Concílio Vaticano II, ocasião em que foi publicada a Constituição Dogmática Lumen Gentium, documento que restaurou o diaconato como “grau próprio e permanente da hierarquia da Igreja”.
A programação do evento conta com momentos de troca de experiências relacionadas ao serviço diaconal nos diversos lugares. No primeiro dia do encontro, os participantes encontraram-se com o papa Francisco, em audiência. “Também celebramos a Eucaristia no santuário de São Lourenço e Santo Estevão, em Roma, primeiros diáconos mártires do Cristianismo, onde estão sepultados”, acrescenta dom Anuar Battisti.
O arcebispo de Maringá ainda conduziu uma palestra sobre “Diaconato Permanente na Igreja do futuro”.
A cidade de Assis, a cerca de 170 quilômetros do Vaticano, sediará o final das comemorações. “Vamos reviver a história de São Francisco, o grande reformador da Igreja, com o objetivo de rezar pelo papa Francisco a fim de que se concretizem as reformas tão desejadas por ele”, destaca dom Anuar.
Os participantes do encontro promovido pela CID são dos seguintes países: Austrália, Canadá, Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Brasil, Bolívia, Chile, Cuba, México, África do Sul, Zimbábue, Índia, Hong-Kong, Grã-Bretanha, Irlanda, Países Baixos, Letônia, Lituânia, República Checa, Hungria, Áustria, Itália, Espanha, Romênia, Finlândia, Suíça, França, Bélgica, Polônia, Ucrânia, Rússia, Honduras, Luxemburgo, Costa Rica, Suécia e Alemanha, que sedia a entidade internacional dos diáconos.
Diaconato
O diaconato permanente foi restaurado na Igreja pela Constituição Dogmática Lumen Gentium, publicada em 21 de novembro de 1964.
Em 2003, a CNBB, em parceria com a Comissão Nacional dos Diáconos (CND), publicou as Diretrizes para o Diaconado Permanente (Documento 96), que apresenta orientações sobre a formação, a vida e o ministério dos diáconos permanentes da Igreja no Brasil.

Diácono Valney
Com informações e foto da arquidiocese de Maringá

domingo, 11 de outubro de 2015

Padrinhos homossexuais… O que a Igreja tem a dizer?

Foto: ACI Prensa
A escolha de padrinhos para batizar bebês, crianças e adultos deve levar em consideração o que diz a Igreja em relação a este assunto. Mas, o desconhecimento de tais orientações pode levar a situações controversas, como possíveis padrinhos homossexuais que tenham uma vida sexual ativa dentro deste estilo de vida. A impossibilidade destes para apadrinhar uma batizando, porém, não é de forma alguma discriminação. É o que explica o Padre Paulo Ricardo afirmando que os critérios para ser padrinhos se aplica a todos, independentemente da orientação sexual.

Citando o Catecismo da Igreja católica, em seu número 1255, o sacerdote, conhecido do público católico pelo seu apostolado nos meios de comunicação e na internet, explica que o padrinho e a madrinha têm o papel de colaborar com os pais no desenvolvimento da graça batismal de seu afilhado. Por isso, “devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar, o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã”.

Padre Paulo Ricardo pontua ainda os requisitos ditados pelo Código de Direito Canônico para que uma pessoa seja padrinho ou madrinha. Esses elementos estão expostos no cânon 874: seja designado pelo batizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo; tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exceção por justa causa; seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir; não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada; não seja pai ou mãe do batizando.

Destes requisitos, explica o Pe. Paulo, o terceiro é o que diz respeito ao tema em questão, ao estabelecer que os padrinhos devem levar uma vida de acordo com a fé. Sendo assim, afirma que a pessoa escolhida não pode estar vivendo uma situação de pecado, como práticas sexuais fora do matrimônio, como ocorre no caso das relações homossexuais, que não são contempladas por esse sacramento.

“Claramente percebe-se que a norma não se refere especificamente a homossexuais, mas sim, é geral, abrangendo todos aqueles que vivem uma vida sexual ativa e fora do sacramento do matrimônio. Portanto, não há que se falar em discriminação”, sublinha o Padre.

Um caso concreto envolvendo esta questão aconteceu na Diocese de Cádiz y Ceuta, Espanha. Após o pedido do transexual A.S. de ser padrinho de Batismo, o pároco local manteve uma cordial conversação com o mesmo indicando que devia cumprir com os requisitos que expressa o Código de Direito Canônico, C. 874/3.

O pároco animou A.S. a viver congruentemente sua fé e que, apesar de não ser o padrinho de Batismo, participasse de algum modo como padrinho espiritual, podendo animar e ajudar na vida de fé do batizando. A proposta foi acolhida pelo solicitante que demonstrou respeito e cordialidade ao pároco, dispondo-se a ajudar dentro de suas possibilidades no bem do batizando. Durante a conversa ficou entendido que a impossibilidade não se devia primariamente à sua condição de transexual, mas de outros requisitos que o próprio A.S. reconheceu não cumprir.

“Segundo o Código de Direito Canônico é o pároco ou ministro do sacramento quem deve velar com responsabilidade para que se cumpra os requisitos do cânon 874, e inclusive dissuadir quem, segundo o seu parecer, não os cumpre por diferentes razões, pelo próprio bem do batizado, pois o padrinho tem que velar pelo crescimento na fé do batizado e acompanha-lo para que aprenda de sua mão os fundamentos doutrinais e morais da fé cristã”, explica um comunicado da Diocese.

O mesmo texto indica que não se deve estranhar que alguém possa não ser admitido, algo que acontece com frequência, por não ser considerado idôneo por seu estilo de vida, critérios ou incongruência com a vida cristã e as disposições da Igreja, o qual não supõe nenhuma discriminação.

Diacono Valney

Fonte: AciDigital

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Dinamismo e participação: novidades do Sínodo


                                    Card. Baldisseri cumprimenta o Papa Francisco – AP
Portal Católico – Mais dinamismo e participação: o Secretário do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, apresentou à imprensa a metodologia de trabalho do iminente evento sinodal, que terá início este domingo (04/10) com a celebração da Missa presidida pelo Papa na Basílica de S. Pedro.“Esta Assembleia representa o momento conclusivo do percurso sinodal iniciado dois anos atrás, com o envio do primeiro questionário a todas as Igrejas particulares”, afirmou o Cardeal.
No total, serão 270 padres sinodais, provenientes dos cinco continentes, assim divididos: 54 da África, 64 da América, 36 da Ásia, 107 da Europa e 9 da Oceania. Acrescentam-se a eles 24 especialistas ou colaboradores, 51 auditores e auditoras e 14 delegados fraternos. Destaque para os casais de esposos, pais e chefes de família, que serão 18 no total.
Metodologia
Quanto à metodologia, os próprios padres sinodais sugeriram modificações para tornar o Sínodo mais dinâmico e participativo. Isso será feito através da distribuição dos discursos pronunciados pelos membros em tempo breve, para poder dedicar mais atenção a cada contribuição. Além disso, os padres sinodais pediram a valorização do trabalho nos Círculos menores, onde se verifica uma participação mais ativa à discussão, um confronto mais direto e imediato entre os padres na própria língua, nos quais os auditores e os delegados fraternos podem eventualmente intervir. Os trabalhos serão divididos entre congregações gerais e círculos menores. Nas congregações gerais terão direito a se pronunciar 318 participantes (entre padres sinodais, delegados fraternos e auditores), com três minutos à disposição. Serão cerca de 70 pronunciamentos por dia. Ao final de cada sessão, será reservado um período de uma hora para pronunciamentos livres dos padres sinodais. Já os círculos menores serão 13 no total, sem limite de tempo para os discursos. Serão três semanas, em que serão debatidos três temas: “A escuta dos desafios sobre a família”, “O discernimento da vocação familiar” e “A missão da família hoje”.
Comunicação
Sobre a relação entre o Sínodo e a imprensa, o Cardeal Baldisseri afirma que será mantido o critério já expresso pelo Santo Padre: o Sínodo deve ser um espaço protegido para que o Espírito Santo possa agir; de modo que os padres sinodais tenham a liberdade de se expressarem com coragem. Durante as três semanas, haverá diariamente uma coletiva de imprensa, com a presença de padres sinodais, e a utilização de todos os meios de comunicação disponíveis. Os participantes são livres de comunicar com a imprensa segundo sua discrição e responsabilidade.
Documento final
A Comissão para a Elaboração do Relatório Final foi nomeada pelo Santo Padre, e é composta por representantes dos cinco continentes: Cardeal Péter Erdo, Arcebispo de Esztergom-Budapeste (Hungria); Dom Bruno Forte, Arcebispo de Chieti-Vasto (Itália); Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim (Índia); Cardeal Donald William Wuerl, Arcebispo de Washington (EUA); Dom John Atcherley Dew, Arcebispo de Wellington (Nova Zelândia); o Arcebispo Victor Manuel Fernández, Reitor da Pontifícia Universidade Católica Argentina (Argentina); Dom Mathieu Madega Lebouakehan, Bispo de Mouila (Gabão); Dom Marcello Semeraro, Bispo de Albano (Itália); Padre Adolfo Nicolás Pachón, S.I., Propósito Geral da Companhia de Jesus, representando a União dos Superiores Gerais.
Ulteriores informações
No sábado, 17 de outubro, terá lugar a Comemoração dos 50 anos do Sínodo dos bispos, na Sala Paulo VI. No domingo, 18, terá lugar a Missa para a canonização, entre outros, dos Bem-aventurados Ludovico Martin e Amria Azelia Guérin, pais de Santa Teresa do Menino Jesus. Na Basílica de Santa Maria Maior, os fiéis são convidados a acompanhar os trabalhos sinodais com a oração. Todos os dias, será rezado o Terço às 17h, com a celebração da Missa às 18h. Na primeira semana se reza pelos filhos, na segunda pelos pais e na terceira pelos avós.
Diácono Valney


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Papa: Processos de nulidade matrimonial mais simples e rápidos.


Portal Católico – Foram anunciadas na manhã de terça-feira (08/09) as principais mudanças decididas pelo Papa em relação aos processos de nulidade matrimonial.
O objetivo do Papa não é favorecer a nulidade dos matrimônios, mas a rapidez dos processos: simplificar, evitando que por causa de atrasos no julgamento, o coração dos fiéis que aguardam o esclarecimento sobre seu estado “não seja longamente oprimido pelas trevas da dúvida”.
As alterações constam nos dois documentos ‘Mitis Iudex Dominus Iesus’ (Senhor Jesus, meigo juiz) e ‘Mitis et misericors Iesus’ (Jesus, meigo e misericordioso), apresentados na Sala de Imprensa da Sé.
A reforma foi elaborada com base nos seguintes critérios:
1.    Uma só sentença favorável para a nulidade executiva: não será mais necessária a decisão de dois tribunais. Com a certeza moral do primeiro juiz, o matrimônio será declarado nulo.
2.    Juiz único sob a responsabilidade do Bispo: no exercício pastoral da própria ‘autoridade judicial’, o Bispo deverá assegurar que não haja atenuações ou abrandamentos.
3.    O próprio Bispo será o juiz: para traduzir na prática o ensinamento do Concílio Vaticano II, de que o Bispo é o juiz em sua Igreja, auspicia-se que ele mesmo ofereça um sinal de conversão nas estruturas eclesiásticas e não delegue à Cúria a função judicial no campo matrimonial. Isto deve valer especialmente nos processos mais breves, em casos de nulidade mais evidentes.
4.    Processos mais rápidos: nos casos em que a nulidade do matrimônio for sustentada por argumentos particularmente evidentes.
5.    O apelo à Sé Metropolitana: este ofício da província eclesiástica é um sinal distintivo da sinodalidade na Igreja.
6.    A missão própria das Conferências Episcopais: considerando o afã apostólico de alcançar os fiéis dispersos, elas devem sentir o dever de compartilhar a ‘conversão’ e respeitarem absolutamente o direito dos Bispos de organizar a autoridade judicial na própria Igreja particular. Outro ponto é a gratuidade dos processos, porque “a Igreja, mostrando-se mãe generosa, ligada estritamente à salvação das almas, manifeste o amor gratuito de Cristo, por quem fomos todos salvos”.
7.    O apelo à Sé Apostólica: será mantido o apelo à Rota Romana, no respeito do antigo princípio jurídico de vínculo entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares.
8.    Previsões para as Igrejas Orientais: considerando seu peculiar ordenamento eclesial e disciplinar, foram emanados separadamente as normas para a reforma dos processos matrimoniais no Código dos Cânones das Igrejas Orientais.
Diante dos jornalistas credenciados, o juiz decano do Tribunal da Rota Romana, Mons. Pio Vito Pinto explicou que os decretos (motu próprio) são resultado do trabalho da comissão especial para a reforma destes processos, nomeada pelo Papa em setembro de 2014.
Também estavam na coletiva o Cardeal Francesco Coccopalmerio, Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, e o arcebispo jesuíta  Luis Francisco Ladaria, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.
 Diácono Valney

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Por que o cristianismo cresce rapidamente na China?


ACI Digital DENVER – O Cristianismo cresce rapidamente na China, esse acontecimento poderia ser devido a compenetração da fé e os avanços tecnológicos atuais. Rodney Stark, reputado sociólogo, afirmou que o número de cristãos na China está crescendo em média uma taxa de 7% anualmente. Stark, codiretor do Instituto de Estudos de Religião da Universidade de Baylor, produziu junto com Xiuhua Wang o relatório: “Uma estrela no Oriente. O crescimento do cristianismo na China”. Ambos os autores apontam que em 1980 haviam 10 milhões de cristãos na República Popular da China e que em 2007 estes alcançaram os 60 milhões. Com uma taxa de 7%, atualmente, os cristãos na China são aproximadamente quase 100 milhões. Stark e Wang atribuem este crescimento ao número de conversões entre pessoas com um grau de educação alto, e estes experimentam a “incongruência cultural” entre a cultura tradicional asiática e a modernidade tecnológica e industrial. Algo que evidencia uma carência espiritual a qual o Cristianismo pode responder. Os intelectuais chineses, explica Stark ao Grupo ACI, “estão seguros de que devem olhar para o Ocidente para compreender o mundo no qual vivemos. As religiões orientais não encaixam no mundo moderno atual e por isso é necessário olhar para o Ocidente para encontrar filosofias e religiões que assim o façam. Isto é algo muito interessante”.
                                Religiões como o taoísmo, o confucionismo e o budismo são, na opinião de Stark, “antiprogressistas. Estas religiões proclamam que o mundo está em decadência depois de um passado glorioso e devemos olhar para trás e não para diante. Nenhuma delas admite que somos capazes de entender algo do universo – porque este é algo sobre o qual meditamos, não sobre o qual mostramos uma teoria, como fazem os físicos. Isto não está de acordo com o mundo no qual os chineses vivem no seu dia a dia”. “A sociedade industrial, e a ciência apoiada nela, não podem ser adaptadas nessas visões religiosas”, assegura Stark. “Mas a pergunta de que significa o mundo e de como viver nele continua presente, por isso existe um grande motor na cristianização da China e isso responde às perguntas dos chineses com alto grau de educação que são os mais propensos a converter-se”. A expansão do Cristianismo na China, assegura, foi possível apesar do “pior tempo de perseguição religiosa” na revolução cultural de Mao Zedong entre os anos 1960 e 1970, porque “foi um processo de conversão invisível, o qual o governo não podia ver”. Segundo Stark, a conversão religiosa acontece sobretudo através das redes sociais e por isso é “invisível” ao governo. Pois este explica que os chineses que vivem em áreas rurais são mais propensos que os habitantes das cidades, porque seus vínculos sociais são mais fortes e por isso o cristianismo é transmitido mais facilmente. As pessoas não estão acostumadas a fazer parte de grupos de evangelização itinerante, mas “as pessoas conhecem e interiorizam de uma forma muito mais tranquila”.  
Diácono Valney

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

“Peregrinos, continuem a vir à Terra Santa! Ela é mais segura do que a Europa!”


Apelo de dom Marcuzzo e do pe. Pizzaballa para que a terra de Jesus não seja abandonada por medo de atentados fundamentalistas.
 Zenit - “Peregrinos, continuem a vir à Terra Santa! Aqui é mais seguro que na Itália e na Europa”, pediu dom Giacinto Boulos Marcuzzo, vigário patriarcal de Jerusalém, aos fiéis de todo o mundo. Pelo site Terrasanta.net, o prelado que vive em Nazaré enfatiza que o “medo aprisionador” dos peregrinos é “absolutamente infundado”, já que a maioria das pessoas confunde “os massacres e sequestros que acontecem na Síria, no Iraque, na Líbia e agora até na Tunísia” com a situação da Terra Santa, onde há, na realidade, “uma tranquilidade geral”.
O bispo pede que “a Terra Santa não seja abandonada” e recorda que as peregrinações são um modo de apoiar os cristãos na terra de Jesus: 30% deles, especialmente em Jerusalém e Belém, vivem do turismo religioso. “Isto significa, na prática, que, quando há peregrinações, pelo menos 30% dos cristãos locais trabalham normalmente, mas, quando há uma crise de peregrinações, esses 30% ficam expostos ao desemprego e, direta ou indiretamente, à emigração”.
O vigário patriarcal de Jerusalém salientou ainda que a presença dos peregrinos é “água rejuvenescedora” para a fé, além de conforto para as comunidades cristãs: ao verem “um ônibus de peregrinos chegar, elas pensam mais ou menos isto: ‘Ah, eles não se esqueceram! Eles ainda amam a nossa terra e participam, pelo menos durante alguns dias, da nossa vida!’. Fortalecidos pela sua presença e pelo seu amor, nós também seguimos em frente”.
E o que podemos fazer para ajudar os cristãos da Terra Santa? “A nossa experiência sugere a seguinte resposta: a forma mais fácil e mais eficaz para ajudar a Terra Santa é a peregrinação! A peregrinação é boa para todos: para o peregrino e para o cristão local”.
Um apelo semelhante foi lançado há poucos dias pelo Custódio da Terra Santa, o padre Pierbattista Pizzaballa, que, em comunicado, relatou em detalhes que as peregrinações à terra de Jesus têm tido “um declínio dramático” de mais de 40%. A causa é, principalmente, o “medo das guerras no Oriente Médio e dos ataques terroristas perpetrados por grupos fundamentalistas, que ensanguentam também os países do Ocidente”.
“Interpretando a voz das diversas comunidades cristãs que vivem em Israel e na Palestina, eu gostaria de lhes dizer: não abandonem a Terra Santa! Não há nenhuma razão sensata para não se organizar uma peregrinação aos Lugares Santos. A segurança é garantida nos santuários e nas áreas frequentadas pelos peregrinos. E nós, cristãos da Terra Santa, precisamos mais do que nunca da presença e do apoio dos peregrinos que vêm de todo o mundo para rezar aqui”.
“Jerusalém e os Lugares Sagrados do cristianismo permanecem até hoje como um sinal fundamental da fé, como testemunho da vida, morte e ressurreição de Jesus. Todos os cristãos olham para a Terra Santa e encontram nela as raízes e o sentido autêntico da sua missão no mundo. A Terra Santa é uma escola do Evangelho. Aqui se pode aprender a olhar, ouvir, meditar, desfrutar do silêncio para compreender o significado mais profundo e misterioso da passagem de Jesus. O ambiente nos remete a lugares, trajes, cores, perfumes… Os mesmos que Jesus conheceu quando se revelou ao mundo”.
O pe. Pierbattista dedica então um pensamento aos cristãos, sempre “uma minoria”, “uma presença pequena, mas de coração ardente”, que nunca foi embora. A fim de salvaguardar a sua presença e, se possível, reforçá-la, “pedimos que as dioceses, paróquias e movimentos não nos abandonem. A peregrinação à Terra Santa é um testemunho de paz e de diálogo”.
A mensagem do pe. Pizzaballa foi ecoada também por Avital Kotzer Adari, diretora do Escritório Israelense de Turismo em Milão: “A Terra Santa é essencial para o peregrino que vem conhecer as raízes da sua fé e da fé dos seus pais, que fazem uma experiência verdadeiramente única de espiritualidade, de viver em segurança os locais onde as pedras contam a história da nossa Terra Santa”.
Diácono Valney

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dia do diácono. Dia de São Lourenço Mártir, padroeiro dos diáconos.

Serviu o sagrado Sangue de Cristo

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

A Igreja Romana apresenta-nos hoje o dia glorioso de São Lourenço quando ele calcou o furor do mundo, desprezou sua sedução e num e noutro modo venceu o diabo perseguidor. Nesta mesma Igreja – ouvistes muitas vezes – Lourenço exercia o ministério de diácono. Aí servia o sagrado sangue de Cristo; aí, pelo nome de Cristo, derramou seu sangue. O santo apóstolo João expôs claramente o mistério da ceia ao dizer: Como Cristo entregou sua vida por nós, também nós devemos entregar as nossas pelos irmãos (1Jo 3,16). São Lourenço, irmãos, entendeu isto; entendeu e fez; e da mesmíssima forma como recebeu daquela mesa, assim a preparou. Amou a Cristo em sua vida, imitou-o em sua morte.  
Também nós, irmãos, se de verdade amamos, imitemos. Não poderíamos produzir melhor fruto de amor do que o exemplo da imitação; Cristo sofreu por nós, deixando-nos o exemplo para seguirmos suas pegadas (1Pd 2,21). Nesta frase, parece que o apóstolo Pedro quer dizer que Cristo sofreu apenas por aqueles que seguem suas pegadas e que a morte de Cristo não aproveita senão àqueles que caminham em seu seguimento. Seguiram-no os santos mártires até à efusão do sangue, até à semelhança da paixão; seguiram-no os mártires, porém não só eles. Depois que estes passaram, a ponte não foi cortada; ou depois que beberam, a fonte não secou.  
Tem, irmãos, tem o jardim do Senhor não apenas rosas dos mártires; tem também lírios das virgens, heras dos casados, violetas das viúvas. Absolutamente ninguém, irmãos, seja quem for, desespere de sua vocação; por todos morreu Cristo. Com toda a verdade, dele se escreveu: Que quer salvos todos os homens, e que cheguem ao conhecimento da verdade(1Tm 2,4).  
Compreendamos, portanto, como pode o cristão seguir Cristo além do derramamento de sangue, além do perigo de morte. O Apóstolo diz, referindo-se ao Cristo Senhor: Tendo a condição divina, não julgou rapina ser igual a Deus. Que majestade! Mas aniquilou-se, tomando a condição de escravo, feito semelhante aos homens e reconhecido como homem (Fl 2,7-8). Que humildade!  
Cristo humilhou-se: aí tens, cristão, a que te apegar. Cristo se humilhou: por que te enches de orgulho? Em seguida, terminada a careira desta humilhação, lançada por terra a morte, Cristo subiu ao céu; sigamo-lo. Ouçamos o Apóstolo: Se ressuscitastes com Cristo, descobri o sabor das realidades do alto, onde Cristo está assentado à destra de Deus (Cl 3,1).

Diácono Valney





sexta-feira, 31 de julho de 2015

Arcebispo de Brasília realiza visita pastoral a paróquia Santo Antonio de Ceilandia


Dom Sérgio fará encontro Missionário de evangelização, visitando moradores de rua, escola, hospital, além de missas, partilha de palavra e adoração que acontecerá entre os dias  6 e 9 de agosto.
A Paróquia Santo Antônio, da Ceilândia Sul, receberá entre os dias 6 e 9 de agosto uma visita pastoral missionária do arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha, dos bispos auxiliares Dom Aparecido e Dom Marconi, além de padres e diáconos do setor VI. O objetivo da visita é apresentar o trabalho desenvolvido pela paróquia, evangelizar as famílias que moram na região e convidá-las a igreja.
A programação da visita começa com uma missa solene presidida pelo arcebispo Dom Sérgio e concelebrada pelos demais bispos da arquidiocese e padres do setor, às 20h da quinta-feira (6). Na celebração, os fiéis farão o acolhimento da capela missionária e será feito o envio dos fiéis, que nos próximos dias sairão às ruas da Ceilândia Sul para evangelizar as famílias.
Na sexta-feira (7), a missão fará visita à Creche Federico Ozanam, o Arcebispo celebrará missa no Hospital Regional de Ceilândia as 10:00hs com visita a enfermos e funcionários, e também irá ao Centro de Ensino Fundamental 04. Haverá também missão a moradores de rua, só que após a missa das 19:00hs que será presidida por Dom Aparecido.
No sábado (8) teremos laudes as 9:00hs com todos os movimentos e pastorais, o arcebispo se encontrará com a catequese e a secretaria paroquial além de reunir-se com os Conselhos Pastoral Paroquial e Econômico as 11:00hs, além de confissões das 10 ao meio dia pelos padres do setor VI. A tarde realizará com todos a missão de Evangelização a partir da paróquia as 14:00hs, e às 19:00hs teremos missa na paróquia Presidida por Dom Marconi. Após essa missa teremos um jantar com todos os missionários.
No domingo(9) missa as 8:00hs com o pároco Pe. Valdinei e as 10:00hs missa com as crianças presidida por Dom José Aparecido e após, apresentação de peça teatral do grupo Vox Angeli em homenagem ao dia dos Pais. As 16:00hs acolhida ao arcebispo e encontro com as famílias e jovens da paróquia com partilha de experiências dos missionários. As 18:00hs oração do terço mariano e exposição e adoração ao Santíssimo Sacramento com bênção. As 19:00hs missa solene de encerramento da visita pastoral missionária presidida pelo arcebispo D. Sérgio. A visita é bastante similiar aos encontros que o Papa Francisco realizou recentemente nos países da América do Sul, como Paraguai, Bolívia e Equador.

Diácono Valney - Pascom Santo Antonio.


quinta-feira, 23 de julho de 2015

Bispo dá quatro dicas para que padres e diáconos não façam "homilias chatas".


ACI/EWTN 
Através de uma carta com conselhos práticos dirigida aos sacerdotes e diáconos, o Arcebispo de Detroit (Estados Unidos), Dom Allen H. Vigneron, descreveu os tipos de pessoas que assistem a Missa e qual é a melhor maneira de pregar para eles.
 
1. O primeiro conselho que o Prelado dá em sua carta “O Pregador – Servo da Palavra de Deus” é a necessidade de recordar que "a chave não é oferecer comentários, mas ajudar que essas pessoas que estão nos bancos entendam o que acontece no texto e desta maneira compreendam o que está acontecendo agora e respondam com sua fé".
 
2. Em vez de permitir que as leituras fiquem no nível da teoria, o Prelado indicou que os pregadores devem aplicá-las a uma "situação concreta" da comunidade e oferecer sugestões para que os fiéis possam colocá-las em prática. Para isto é necessária uma preparação adequada e antecipada da homilia.
 
3. Tristemente, lamentou Dom Vigneron, muitas pessoas nos bancos ouviram a frase "Deus te ama", mas não a interiorizaram. "As últimas estatísticas revelam que muitos católicos nem sequer acreditam na possibilidade de ter uma amizade com Deus, por isso sem dúvida não sabem que são amados infinita e apaixonadamente por Aquele que tudo criou", explicou.
 
"E este amor, o conhecimento deste amor, o encontro com este amor, é o que transforma a vida; é o que nos leva a responder ao seguimento Daquele que entregou sua vida por nós".
 
Dom Vigneron explicou que assim como o aço deve ser esquentado antes que possa ser moldado ou dobrado, o coração humano deve ser esquentado pelo amor de Deus com o fim de superar o medo e ser moldado pela verdade do Evangelho. Sem um encontro com o amor de Cristo, "a fé simplesmente se vê como um conjunto de normas e regulamentos".
 
4. Em última instância, refletiu o Prelado, os sacerdotes e diáconos fomentam um encontro com Deus quando pregam um Cristo crucificado: "a Cruz é a maior prova de amor nunca antes vista. Por isso, ajudem-lhes a entender, compreender que Deus não nos diz somente que nos ama, mas também nos demonstra isso", ressaltou.
 
O Arcebispo de Detroit explicou, logo, como são alguns dos tipos de pessoas que participam da Missa: "Muitas pessoas foram ‘sacramentadas’ mas nunca evangelizadas", sustentou Dom Vigneron. Embora se encontraram com Cristo através dos sacramentos, tinham pouco conhecimento destes, portanto, "sabiam coisas de Deus, mas não O conheciam".
 
"Infelizmente, devemos admitir nossa parte de responsabilidade nisto", continuou o Arcebispo, que afirmou que pregar o Evangelho a este grupo de pessoas, que pode ser uma maioria durante uma Missa dominical, parece quando "tentamos plantar sementes no cimento: nada crescerá".
 
Portanto, o Prelado enfatizou que a chave está em uma evangelização que promova um encontro com Cristo.
 
Outro grupo de pessoas presentes na Missa são os "ateus práticos", explicou Dom Vigneron. Estas pessoas não rejeitam diretamente a Deus, mas separam sua fé da sua vida cotidiana e passam a maior parte de tempo em um "mundo do consumo secular", isto é, vivem como se Deus não existisse ou como se não tivesse significado em suas vidas.
 
Além disso, continuou o Prelado, atualmente muitas pessoas se consideram espirituais. Têm grande fome de "uma paz interior que lhes ajude de algum jeito a obter seus projetos na vida". Outras pessoas vêm à Missa com ideias adquiridas pelos meios de comunicação, o entretenimento e o mundo acadêmico, que lhes dizem que a fé é incompatível com a razão.
 
Também estão presentes os "que parecem mortos", ou seja, que chegam tarde e vão embora cedo da Missa, que não prestam atenção, não participam e parecem não querer estar ali, assim como "o chateado e desinteressado", aqueles que somente viram uma versão "reduzida" de Cristo e do Evangelho.
 
Mas no fundo, disse Dom Vigneron, todos aqueles que participam da Missa querem a mesma coisa: um encontro com Cristo, e esta é responsabilidade do sacerdote: ajudar neste encontro através da sua pregação.

Diácono Valney

terça-feira, 23 de junho de 2015

O incenso: oração sensível aos olhos e ao olfato

Por O Catequista.

Uma pessoa pode até não saber bem significado do uso do incenso em celebrações da Igreja, mas quando avista aquela fumaça, já percebe que o momento é especialmente solene. Na Igreja Católica, o uso do incenso nas celebrações é um ato de adoração. Como elemento litúrgico, ele favorece a criação de uma atmosfera sagrada, e inspira em todos uma atitude de reverência.
E o que é o incenso? É um concentrado de resinas de plantas; joga-se o incenso na brasa do turíbulo, e então seu perfume se espalha pelo ambiente por meio da fumaça. Simbolicamente, essa fumaça é a oração do sacerdote e dos fiéis que sobe aos Céus.
Nas celebrações em geral, percebemos a oração do povo somente por meio da audição. Porém, quando se usa o incenso, a oração se torna sensível para nós também por meio de dois outros sentidos: a visão e o olfato.
Assim, além de dar um tom de solenidade e embelezar as cerimônias, o incenso é educativo, pois nos mostra como uma oração deve ser feita para honrar a Deus. O nosso sentimento e as palavras usadas na oração devem subir ao Céu como sobe a fumaça: com respeito, com suavidade, com beleza, com humildade, buscando ser agradável.
Observando como a fumaça do incenso se movimenta e a sensação que produz, um católico percebe que não deve orar de forma desordenada e histérica. Nada de berros, nada de ficar lançando “desafios” a Deus ou de vomitar palavras de modo acelerado e excitado, como se fosse um locutor de partida de futebol. Devemos viver a intimidade com Deus, mas essa intimidade não deve se desvirtuar na falta de reverência. 
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E em que ocasiões se usa o incenso? Nas Missas e procissões, para mostrar a importância da festividade do dia. Incensa-se o altar, a Cruz, a Bíblia, a imagem da Virgem, as oferendas sobre o altar, os ministros, o povo e o Santíssimo.

Se você é daquele tipo que se arrepia todo só de ver o pequeno turíbulo da sua paróquia em ação, ia precisar tomar um calmante pra não ter um treco diante do Botafumeiro da Catedral de Santiago de Compostela. É um dos maiores turíbulos do mundo, com 1,60 de altura. São precisos vários homens para puxar a corda que o faz “voar” de um lado a outro da Catedral.

Diácono Valney

terça-feira, 9 de junho de 2015

A igreja de Santo Efrém é transformada em mesquita.

De Zenit.

O Estado Islâmico “celebra” assim o aniversário da conquista de Mossul.


Um ano já se passou desde a fatídica noite de 9 para 10 de junho de 2014, em que um grupo de militantes extremistas, autoproclamado Estado Islâmico (EI), tomou a cidade iraquiana de Mossul. Para celebrar este aniversário, o EI anunciou a iminente abertura da “mesquita dos mujaheddin”, que ocupará o lugar da antiga igreja de Santo Efrém.

A notícia foi divulgada pelos jihadistas com cartazes pelas ruas de Mossul, conforme relatado por fontes locais ao site iraquiano ankawa.com e à agência Fides.

Santo Efrém era um dos maiores lugares de culto cristão do centro de Mossul e pertencia à Igreja siro-ortodoxa. Alguns indícios apontavam a intenção dos jihadistas de transformá-la em mesquita, como a escolha dos edifícios anexos à igreja como sede para o Conselho de Estado dos mujaheddin. A cruz da cúpula tinha sido removida, assim como o mobiliário da igreja: os bancos e outros móveis foram expostos como mercadoria à venda em frente ao templo.
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Em 9 de setembro, os ataques aéreos contra posições do autodeclarado “califado” causaram severos danos a alguns dos edifícios adjacentes à igreja de Santo Efrém e à igreja siro-católica dedicada a São Paulo.
Diácono Valney

quarta-feira, 27 de maio de 2015

A Oitava de Pentecostes acabou e Paulo VI chorou.

Senza Pagare - Eu contei esta história da 'Segunda-feira de Pentecostes' há uns anos e ela tem estado a circular. Circulou por todos os lados, mas sou eu a origem da história, que publiquei há uns anos atrás. Imensas pessoas apanharam-na. Merece uma repetição. Isto serve como uma lição pelo que acontece quando perdemos de vista a continuidade. 

Esta história foi-me contada há uns atrás...já décadas, agora...por um Ceremoniere (Mestre de Cerimónias) do Papa, já reformado que, segundo o próprio, esteve presente no acontecimento que vai ser agora contado.

No calendário Romano litúrgico tradicional [NT: antes da reforma feita pelo Papa Paulo VI] a enorme festa do Pentecostes tinha a sua própria Oitava. Liturgicamente falando, o Pentecostes era/é uma coisa muito importante, de facto. Tem um Communicantes e um Hanc igitur próprios, uma Oitava, uma Sequência, etc. Em alguns sítios do mundo, como a Alemanha e a Áustria, a Segunda-feira de Pentecostes, Whit Monday como lhe chamam os ingleses, era razão para ser um feriado civil, bem como observância religiosa [NT: dia de Missa obrigatória].

Novus Ordo [NT: a forma da Missa mais comum actualmente, que segue o Missal do Papa Paulo VI] entrou em vigor no Advento de 1969.

Em 1970, na Segunda-Feira depois de Pentecostes, Sua Santidade o Papa Paulo VI foi para a capela, para celebrar a Santa Missa. Em vez dos paramentos encarnados, para a Oitava que todos sabiam seguir-se ao Pentecostes, estavam lá preparados para ele paramentos verdes.

Paulo VI perguntou ao Ceremoniere designado para aquele dia, "Mas que é isto? É a Oitava de Pentecostes! Onde estão os paramentos encarnados?"

"Santità," respondeu o Ceremoniere, "agora é o Tempus per annum [NT: Tempo comum]. Agora é verde. A Oitava de Pentecostes foi abolida."

"Verde? Não pode ser!", disse o Papa, "Quem é que fez isso?"

"Santidade, fostes vós."

E Paulo VI chorou.


Fr. John Zuhlsdorf in Fr. Z's Blog

Esta narração é de responsabilidade do autor, sendo aqui somente reproduzida.

diácono Valney


terça-feira, 12 de maio de 2015

Teólogo espanhol desenvolve uma Bíblia ilustrada em formato de e-book: “e-Bible”

Arquidiocese de Brasília 

O teólogo espanhol Xoán Manuel Neira Pérez está desenvolvendo uma Bíblia totalmente ilustrada em forma de e-book com efeitos audiovisuais, o e-Bible. Conforme o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais esta iniciativa é um “desafio artístico, cultural e teológico”, pois é a primeira vez que a Bíblia será ilustrada em sua totalidade.
Para Pérez, a iniciativa pode ser definida como “uma plataforma de difusão e revolução tecnológica da Bíblia, que se insere diretamente nas formas e meios próprios deste tempo, do século XXI”.
Um grupo de pintores vão desenvolver as ilustrações do e-Bible, cada desenho vai acompanhado de um texto correspondente da Bíblia, contendo áudios, efeitos sonoros, música, narradores e personagens. Alguns conteúdos vão ter uma interpretação teológica. Quando o projeto for finalizado poderá ter cerca de 40 mil ilustrações.
Além disso, o E-Bible incluirá a Lectio e-Bible, que será em formato audiovisual, levando o leitor a uma leitura profunda e meditativa das passagens bíblicas. “Trata-se de uma leitura enriquecida com o material gráfico e audiovisual dos e-books da e-Bible, que se desenvolve nas fases de leitura, meditação, oração, contemplação e ação”, destaca a página do projeto.
A ideia deste projeto também é estar integrado com as redes sociais, favorecendo uma maior inteiração com os usuários do projeto, com o objetivo de criar uma comunidade de leitores interessados nas Sagradas Escrituras. Os e-books do e-Bible estarão disponíveis para celulares e tablets.
Informações no site: www.ebiblefoundation.org

Diácono Valney

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Catequese do Papa alerta sobre a deformidade e desinformação sobre a Teoria de gênero.

Arquidiocese de Brasília

Na catequese desta quarta-feira, (15), o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses com tema família e falou sobre a importância da diferença entre homem e mulher na definição da família e do matrimônio.
O pontífice deu início abordando um trecho do livro do Genesis que diz: “Deus criou o ser humano à Sua imagem, criou-os homem e mulher.” E explicou “Esta afirmação do Gênesis diz que não só o homem nem só a mulher são imagem de Deus, mas ambos, como casal, são imagem do Criador. A diferença entre eles tem em vista a comunhão e a geração, e não a contraposição nem a subordinação”.
Ainda segundo o Papa a cultura moderna e contemporânea abriu novos espaços para novas compreensões sobre esta diferença, e por conseqüência trouxe muitas dúvidas e ceticismos. “Pergunto-me, por exemplo, se a chamada ‘teoria de gênero’ não seja expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela. Sim, corremos o risco de retroceder”, afirmou Francisco, advertindo que a excisão da diferença é o problema, e não a solução. 
O Santo Padre explicou ainda que as indiferenças entre homens e mulheres devem ser resolvidas com diálogo e paciência e alertou os intelectuais para que não haja banalização do elo matrimonial e familiar, pois estes são assuntos sérios. “O elo matrimonial e familiar é algo sério, e o é para todos, não só para os fiéis. Gostaria de exortar os intelectuais a não abandonarem este tema, como se tivesse se tornado um empenho secundário a favor de uma sociedade mais livre e mais justa”.
Francisco recordou que Deus confiou a terra à aliança do homem e da mulher: a falência desta aliança gera a aridez dos afetos no mundo e obscurece o céu da esperança. Os sinais são visíveis e preocupantes, disse, indicando duas reflexões que merecem atenção.
A primeira é a certeza de que se deve fazer muito mais a favor da mulher para reforçar a reciprocidade entre os dois gêneros. A segunda reflexão diz respeito ao tema do homem e da mulher criados à imagem de Deus.
E concluiu exortando sobre a grande importância da responsabilidade da Igreja e de todos os fiéis para redescobrir a beleza do projeto criador. “A terra enche-se de harmonia e confiança quando a aliança entre o homem e a mulher é vivida no bem. Jesus nos encoraja explicitamente ao testemunho dessa beleza”, concluiu o Papa.
Ao saudar os numerosos grupos na Praça, aos de língua árabe pediu esforços para que, na Igreja e na sociedade, a igualdade entre os gêneros seja respeitada, rejeitando toda forma de abuso e injustiça, em especial contra as mulheres.

Diácono Valney

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Que nenhuma criança se sinta um erro ou sem valor, diz Papa Francisco em catequese

Arquidiocese de Brasília

O Papa Francisco, após a reflexão sobre o Tríduo Pascal na semana passada, retomou nesta quarta-feira, (8), o ciclo de catequese sobre a família. O Santo Padre voltou a falar sobre o sofrimento das crianças sob as novas realidades sociais, realidade da rejeição, do abandono, de crianças que têm a infância e futuros roubados.
Com essa difícil realidade, o Pontífice lembrou que as pessoas costumam dizer que foi um erro ter colocado crianças no mundo, mas condenou severamente esta atitude. “Não descarreguemos sobre as crianças as nossas culpas, por favor! As crianças nunca são um erro”.
Para Papa Francisco, a fome, a falta de escola, a pobreza e fragilidade vivida por muitas crianças só faz com que elas precisem ser tratadas com mais generosidade. E continuou dizendo que cada criança marginalizada é um grito que se eleva a Deus e que acusa o sistema que os próprios adultos construíram.
“Em todo caso, são infâncias violadas no corpo e na alma. Mas nenhuma dessas crianças é esquecida pelo Pai que está nos céus! Nenhuma das lágrimas delas seja perdida! Como não deve ser perdida a nossa responsabilidade, a responsabilidade social das pessoas, de cada um de nós e dos países”.
O Santo Padre lembrou ainda que muitas vezes as crianças sofrem por consequências de decisões erradas dos próprios pais como “uniões imaturas e separações irresponsáveis”.
O Papa Francisco recordou ainda que Jesus sempre demonstrou um carinho especial pelas crianças: chamava-as para estarem consigo. Assim, a Igreja tem a obrigação de estar ao serviço das crianças e de acompanhar as suas famílias, dando o exemplo de que nenhum sacrifício é exagerado quando permite que uma criança se sinta amada, pois nenhuma criança é esquecida pelo Pai que está nos céus.
Para concluir Francisco convidou os fiéis a pensarem como seria uma sociedade que se baseasse neste princípio: “É verdade que somos imperfeitos e cometemos muitos erros. Mas quando se trata de crianças que vêem ao mundo, qualquer sacrifício dos adultos não será julgado exagerado se isso fizer com que nenhuma criança se sinta um erro ou sem valor”.

Diácono Valney

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A "Velatio" das Imagens na Quaresma.



Salvem a Liturgia - Do ponto de vista espiritual, o costume da velatio foi interpretado como sinal da penitência à qual todos os fiéis são chamados como sinal da antecipação do luto da Igreja pela morte do seu Esposo e da humilhação de Cristo, que teve de esconder-se para escapar da ameaça de morte. (Cf.: Jo 8,59).
O motivo principal para a orientação de COBRIR AS IMAGENS NAS IGREJAS, COM VÉUS ROXOS, é para que os fiéis não "se distraiam" com os Santos e que a sua devoção deve estar fundamentada no Mistério Pascal de Cristo, ou seja, na Sua paixão, morte e ressurreição.
Assim, cobrindo-se todas as imagens dos Santos e os crucifixos, surge com maior evidência o que há de essencial nas igrejas: o altar, onde se opera e atualiza o Mistério Pascal de Cristo, por seu Sacrifício incruento.
A rubrica no Missal Romano, 2ª edição típica, no sábado da IV semana da Quaresma (pág. 211, em português) e também a contida na Paschalis Sollemnitatis: A Preparação e Celebração das Festas Pascais, nº 26, nos ensina que: 
“o uso (costume) de cobrir as cruzes e as imagens na igreja, desde o V Domingo da Quaresma, pode ser conservado segundo a disposição da Conferência Episcopal. As cruzes permanecem cobertas até ao término da celebração da Paixão do Senhor na Sexta-feira Santa; as imagens até ao início da Vigília Pascal”.
A grande diferença entre as rubricas dos dois Missais (de Trento e do Vaticano II) consiste no seguinte: no primeiro, cobrir as Cruzes e Imagens era obrigatório (“cobrem-se...”); No segundo, deixou de sê-lo (“pode ser conservado...”). 
Diácono Valney
Com os sinais externos da penitência, do recolhimento, da purificação da visão e do coração, de tudo o que é secundário ou mesmo supérfluo, poderemos concentrar o nosso sentir, pensar e agir no Cristo Crucificado. Com os olhos fixos no Senhor, percorrendo com Ele a Via Dolorosa, chegaremos às núpcias do Cordeiro Redivivo, à Páscoa da Ressurreição.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Vaticano apresenta manual contra homilias vazias.

O prefeito da Congregação para o Culto Divino destacou como o Papa Francisco dedica uma parte considerável da Evangelii Gaudium ao tema da homilia

O cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, apresentou esta terça-feira de manhã o '' Diretório Homilético'', elaborado por esse dicastério sob a prefeitura do seu predecessor, o cardeal Antonio Cañizares Llovera . Participaram da cerimônia o arcebispo Arthur Roche e padre Corrado Maggione, respectivamente secretário e subsecretário da congregação, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé.
"Muitas vezes, para muitos fiéis - explicou o cardeal guineano – o momento da homilia, considerada boa ou ruim, interessante ou chata, decide a importância da celebração. Na verdade, a missa não é a homilia, mas ela é um momento importante para a participação nos santos mistérios, ou seja, a escuta da Palavra de Deus e a comunhão com o Corpo e Sangue do Senhor”.
"O Diretório não nasce sem uma razão. O seu objetivo é oferecer uma resposta à necessidade de melhorar o serviço próprio dos ministros ordenados: a pregação litúrgica”, continuou o prefeito, destacando que já no Sínodo dos Bispos de 2005 pedia para os ministros ordenados que preparassem a homilia com cuidado, baseando-se em um conhecimento adequado da Sagrada Escritura. “Este é um primeiro dado que se deve ter em conta – destacou – já que a homilia está diretamente vinculada com as Sagradas Escrituras, especialmente com o Evangelho, e iluminado por eles”. No mesmo Sínodo se solicitava que na homilia ressoassem, ao longo do ano, os grandes temas da fé e a vida da Igreja, e que se evidenciasse o laço que une a mensagem das leituras bíblicas com a doutrina da fé mostrada no Catecismo da Igreja Católica. “Sobre a base destas expectativas, Bento XVI, na Exortação Sacramentum Caritatis, solicitava uma reflexão sobre este tema”.
Os Bispos retomaram a questão no Sínodo sobre a Palavra de Deus, e assim Bento XVI, na Exortação Verbum Domini, enquanto recordava que pregar adequadamente referindo-se ao Lecionário era "realmente uma arte que deve ser cultivada", indicou também a oportunidade de elaborar um "Diretório sobre a homilia, para que os pregadores encontrem nele uma ajuda útil para preparar-se para o exercício do ministério”, disse o cardeal Sarah.
"O sulco estava traçado – garantiu – e seguindo nessa linha, a Congregação iniciou o projeto, que recebeu muita força pela importância que o Papa Francisco deu à homilia, na sua exortação apostólica Evangelii gaudim, onde toca esse tema em 25 pontos: 10 dedicados à homilia e 15 à sua preparação”.
"A homilia – disse – é um serviço litúrgico reservado ao ministro ordenado, que está chamado por vocação a servir a Palavra de Deus segundo a fé da Igreja e não de forma personalista. Não é um discurso sequer, mas um falar inspirado na Palavra de Deus que ressoa em uma assemblei de fieis, no contexto de uma ação litúrgica, com o fim de aprender a praticar o Evangelho de Jesus Cristo”.
Entre os critérios mencionados no Diretório, indico alguns: A homilia é suscitada pelas Escrituras organizadas pela Igreja no Lecionário, que é o livro que contém para os dias do ano as leituras bíblicas da Missa. A homilia está suscitada pela celebração na qual se inserem estas leituras, ou seja, pelas orações e os ritos que conformam esta liturgia, cujo principal protagonista é Deus, por Cristo, seu Filho, na potência do Espírito Santo.
"Obviamente - concluiu o prelado guineano – a homilia destaca quem a pronuncia. Daí a importância da preparação do homileta que requer estudo e oração, experiência de Deus e conhecimento da comunidade à qual se dirige, amor pelos santos mistérios e amor pelo Corpo vivo de Cristo que é a Igreja”. 

Diácono Valney.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Igreja Católica terá em breve 23 novos Beatos e 7 novos Veneráveis Servos de Deus.

Aquidiocese de Brasília.

Nesta sexta-feira (23), o Papa Francisco autorizou a publicação de 11 decretos que reconhecem um milagre, 21 martírios e 7 virtudes heroicas de religiosos, religiosas, leigos e leigas que deram testemunho de Cristo na África do Sul, Bolívia, Cazaquistão, Espanha, Estados Unidos, Itália, Filipinas e Ucrânia. Com isso, a Igreja Católica possuirá em breve 23 novos Beatos e 7 novos Veneráveis Servos de Deus.

Milagre
A Congregação para Causa dos Santos reconheceu o milagre atribuído à intercessão da agora então futura beata Maria Teresa Casini, fundadora da Congregação das Irmãs Oblatas do Sagrado Coração de Jesus, que nasceu e faleceu na Itália.

Martírios
A Igreja ainda ganhará 22 novos futuros beatos - sem a necessidade de um milagre, pois tiveram reconhecidos o testemunho de fé através do martírio. Destes, 21 são religiosos e religiosas assassinados por ódio à Fé durante a Guerra Civil espanhola: Irmã Fidelia e duas companheiras religiosas do Instituto das Irmãs de São José de Girona e padre Pio Heredia e 17 companheiros e companheiras das Ordens dos Cistercienses da Estreita Observância (Trapistas) e de São Bernardo. Além disso, foi reconhecido o martírio do leigo Tshimangadzo Samuele Benedetto Daswa, morto por ódio à Fé na África do Sul, em 1990.

Virtudes Heroicas
Serão declarados em breve Veneráveis Servos de Deus: 4 religiosos e religiosas e 3 leigos. São eles: o sacerdote diocesano nascido na Ucrânia e morto no Cazaquistão, padre Ladislao Bukowiński e padre Luigi Schwartz, sacerdote diocesano, fundador das Congregações das Irmãs de Maria e dos Irmãos de Cristo, nascido em Washington, Estados Unidos e morto em Manila, nas Filipinas, em 1992.
Na lista ainda estão: a monja espanhola da Sociedade de Maria Nossa Senhora, a leiga italiana Teresa Gardi, da Ordem Terceira de São Francisco, do leigo espanhol e fundador da Adoração Noturna na Espanha, Luigi Trelles y Noguerol, da leiga japonesa Elisabetta Maria Satoko Kitahara e da leiga boliviana Virginia Blanco Tardío.

Diácono Valney.