Arquidiocese do Rio de Janeiro 21/01/2014
Nascidos no estado do Rio de Janeiro, o casal teve a abertura do processo de beatificação ratificada no último fim de semana, na Arquidiocese do Rio. Nesta segunda-feira (20) foi cumprida a segunda etapa do processo, com a apresentação aos fiéis dos restos mortais do casal, na paróquia São Sebastião, Bairro da Tijuca.
Segundo o vigário episcopal para a Vida Consagrada e responsável pelos processos de candidatos à causa dos santos da Arquidiocese do Rio, Dom Roberto Lopes, Zélia e Jerônimo é um casal fluminense que exala santidade e pode ser grande ícone para todo o mundo.
“O casal teve uma vida muito santa, dentro da própria vida familiar. Geraram 13 filhos, morreram quatro e os outros nove se consagraram a Deus: três sacerdotes e seis religiosas. Eles tratavam seus empregados como pessoas amigas; eram realmente um referencial. É um casal que ressalta a beleza da família, que realmente é o grande instrumento para a santificação”, conta.
A partir do momento que a Congregação para a Causa dos Santos reconhecer as virtudes heroicas deles, e apresentando os milagres, poderá acontecer a beatificação.
Jerônimo nasceu em Magé, na Baixada Fluminense, e Zélia Pedreira em Niterói. Casaram-se em 27 de julho de 1876, na Chácara da Cachoeira, na Tijuca. “Mesmo eles não tendo nascido na cidade do Rio, Zélia morreu em nossa Arquidiocese. Pedimos a transferência de competência apenas do Jerônimo, porque sua morte aconteceu na Diocese de Nova Friburgo”, explicou Dom Roberto. Ele convidou a todos a testemunharem as graças recebidas pela intercessão do casal. “Contamos com todo povo de Deus. Quem por ventura puder relatar alguma graça pela intercessão do casal Jerônimo e Zélia, pode nos procurar na Arquidiocese”, incentivou.
Dados biográficos
Nomes: Zélia Pedreira Abreu Magalhães (1857-1919) e Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1851 -1909)
Sobre Zélia: Primogênita de João Pedreira do Couto Ferraz, secretário do Supremo Tribunal de Justiça e aposentado do Supremo Tribunal Federal, e de Elisa Amália de Bulhões Pedreira, nasceu em 5 de abril de 1857, no bairro do Ingá, em Niterói, capital da então Província do Rio de Janeiro. Recebeu primeiramente o nome da mãe, Elisa, logo trocado pelo anagrama Zélia, composto pelo pai.
De família proeminente, Zélia teve como avós paternos o Desembargador Luís Pedreira do Couto Ferraz e Guilhermina Amália Correia Pedreira e como avós maternos, o Comendador José Manuel de Carvalho Bulhões e Justina Justa de Oliveira Bulhões. Entre os parentes próximos, havia o Barão do Bom Retiro, presidente da Província do Rio de Janeiro, cargo que hoje corresponde ao de Governador do Estado, seu tio paterno; a Baronesa de Anadia, sua tia materna; o Visconde de Duprat, seu cunhado; e o Arcebispo de Porto Alegre, Dom José Claudio Ponce de Leão, seu primo.
Sobre Jerônimo: Filho do fazendeiro Fernando de Castro Abreu Magalhães e de Rosa Rodrigues Magalhães, Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1951-1909) nasceu em Magé, Província do Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1951. Seu pai, que veio para o Brasil acompanhar o irmão, Monsenhor Baccelar, Capelão do Imperador, construiu a grande fazenda de café Santa Fé, próxima ao Carmo do Cantagalo, e fez grande fortuna. Colaborou para o desenvolvimento da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, onde situava-se a fazenda, cooperou com a fundação do Colégio Anchieta em Nova Friburgo e extinguiu a escravatura em sua fazenda muito antes do decreto imperial. Teve quatro irmãos sacerdotes e algumas sobrinhas religiosas.
Jerônimo fez os estudos preparatórios em Lisboa, mas formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1873.
Diácono Valney
Segundo o vigário episcopal para a Vida Consagrada e responsável pelos processos de candidatos à causa dos santos da Arquidiocese do Rio, Dom Roberto Lopes, Zélia e Jerônimo é um casal fluminense que exala santidade e pode ser grande ícone para todo o mundo.
“O casal teve uma vida muito santa, dentro da própria vida familiar. Geraram 13 filhos, morreram quatro e os outros nove se consagraram a Deus: três sacerdotes e seis religiosas. Eles tratavam seus empregados como pessoas amigas; eram realmente um referencial. É um casal que ressalta a beleza da família, que realmente é o grande instrumento para a santificação”, conta.
A partir do momento que a Congregação para a Causa dos Santos reconhecer as virtudes heroicas deles, e apresentando os milagres, poderá acontecer a beatificação.
Jerônimo nasceu em Magé, na Baixada Fluminense, e Zélia Pedreira em Niterói. Casaram-se em 27 de julho de 1876, na Chácara da Cachoeira, na Tijuca. “Mesmo eles não tendo nascido na cidade do Rio, Zélia morreu em nossa Arquidiocese. Pedimos a transferência de competência apenas do Jerônimo, porque sua morte aconteceu na Diocese de Nova Friburgo”, explicou Dom Roberto. Ele convidou a todos a testemunharem as graças recebidas pela intercessão do casal. “Contamos com todo povo de Deus. Quem por ventura puder relatar alguma graça pela intercessão do casal Jerônimo e Zélia, pode nos procurar na Arquidiocese”, incentivou.
Dados biográficos
Nomes: Zélia Pedreira Abreu Magalhães (1857-1919) e Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1851 -1909)
Sobre Zélia: Primogênita de João Pedreira do Couto Ferraz, secretário do Supremo Tribunal de Justiça e aposentado do Supremo Tribunal Federal, e de Elisa Amália de Bulhões Pedreira, nasceu em 5 de abril de 1857, no bairro do Ingá, em Niterói, capital da então Província do Rio de Janeiro. Recebeu primeiramente o nome da mãe, Elisa, logo trocado pelo anagrama Zélia, composto pelo pai.
De família proeminente, Zélia teve como avós paternos o Desembargador Luís Pedreira do Couto Ferraz e Guilhermina Amália Correia Pedreira e como avós maternos, o Comendador José Manuel de Carvalho Bulhões e Justina Justa de Oliveira Bulhões. Entre os parentes próximos, havia o Barão do Bom Retiro, presidente da Província do Rio de Janeiro, cargo que hoje corresponde ao de Governador do Estado, seu tio paterno; a Baronesa de Anadia, sua tia materna; o Visconde de Duprat, seu cunhado; e o Arcebispo de Porto Alegre, Dom José Claudio Ponce de Leão, seu primo.
Sobre Jerônimo: Filho do fazendeiro Fernando de Castro Abreu Magalhães e de Rosa Rodrigues Magalhães, Jerônimo de Castro Abreu Magalhães (1951-1909) nasceu em Magé, Província do Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1951. Seu pai, que veio para o Brasil acompanhar o irmão, Monsenhor Baccelar, Capelão do Imperador, construiu a grande fazenda de café Santa Fé, próxima ao Carmo do Cantagalo, e fez grande fortuna. Colaborou para o desenvolvimento da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, onde situava-se a fazenda, cooperou com a fundação do Colégio Anchieta em Nova Friburgo e extinguiu a escravatura em sua fazenda muito antes do decreto imperial. Teve quatro irmãos sacerdotes e algumas sobrinhas religiosas.
Jerônimo fez os estudos preparatórios em Lisboa, mas formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1873.
Diácono Valney