segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Protestos anti-católicos na PUC-SP.



Cardeal Odilo Scherer enfrenta protestos anti-


católicos na PUC-SP.



padrepauloricardo.org
Os protestos contra a decisão do Cardeal Dom Odilo Scherer - Arcebispo de São Paulo - de nomear a doutora Anna Maria Marques Cintra como a nova reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), além de revelarem o preconceito contra o cristianismo, mostram o nível de imbecilização no qual boa parte dos universitários brasileiros estão imersos. Só mesmo uma mentalidade já deturpada pelos confusos programas de doutrinação marxistas para conseguir encontrar uma lógica que sustente manifestações contra a intervenção da Igreja em sua própria universidade. A situação chegou ao limite do absurdo nesta semana quando dezenas de estudantes se reuniram no pátio da PUC para ridicularizarem Dom Odilo, no momento em que o Cardeal celebrava uma missa no campus universitário.
O imbróglio começou em novembro do ano passado quando o grão-chanceler da PUC-SP, Dom Odilo Scherer, decidiu empossar como reitora a professora Anna Cintra, ao invés do vencedor das eleições realizadas pelos alunos, professores e funcionários, o professor Dirceu de Mello. A escolha do reitor da universidade é feita pelo grão-chanceler conforme uma lista tríplice que lhe é apresentada, após uma consulta à comunidade acadêmica. Anna Cintra foi o último nome dessa lista e a escolhida do Cardeal. A decisão, todavia, foi correta pois deu-se de acordo com o Estatuto da Pontifícia. Segundo o jurista Ives Gandra Martins, "a decisão do senhor Cardeal não só foi legal, como legítima".
Apesar das pressões dos alunos e de um período de greve, com direito a uma grotesca encenação da decapitação do Papa Bento XVI no pátio da instituição, Dom Odilo Scherer manteve a decisão que, inclusive recebeu a chancela da Santa Sé, dada na última semana pelo Cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para Educação Católica. De acordo com o decreto do Cardeal, Anna Cintra possui "títulos e qualidades" que a capacitam para exercer o cargo ao qual foi designada. Os alunos, professores e funcionários da PUC receberam uma cópia do decreto em português e outra em latim na semana do anúncio.
No último dia 22 de fevereiro, festa da Cátedra de São Pedro, o Cardeal Dom Odilo Scherer celebrou uma Missa na capela da PUC e um ato de dignificação da Cruz, em ação de graças pelo pontificado do Papa Bento XVI e em desagravo às blasfêmias dirigidas ao Santo Padre durante os protestos dos alunos e professores. Não obstante, a solenidade foi também marcada pelo desrespeito de algumas dezenas de estudantes que resolveram professar seus sentimentos anti-católicos durante a cerimônia. Com esparadrapos na boca e cartazes ofensivos, os jovens revolucionários achincalharam e hostilizaram Dom Odilo durante toda a celebração. Segundo relatos de pessoas que estiveram presente no local, em alguns momentos, os fiéis católicos chegaram a temer pela segurança do prelado, sobretudo quando este foi cercado pelos arruaceiros durante o ato de dignificação da Cruz. Enquanto Dom Odilo rezava as orações litúrgicas se podia ouvir gritos do tipo: "PUC laica" (!!!), "Fora Igreja", "adeus, adeus Bento XVI, Anna Cintra agora é sua vez".
As celebrações, contudo, seguiram seu curso normalmente, graças também à firmeza de Dom Odilo, que não deixou se intimidar. De acordo com os fiéis presentes, o Cardeal defendeu a liberdade religiosa e, antes de terminar, pediu a intercessão dos mártires da Igreja. Na procissão final, Dom Odilo puxou o canto junto com o povo: "Vitória, Tu reinarás… Ó Cruz, Tu nos salvarás". Em alguns momentos, a canção foi interrompida por gritos de "Viva o Papa". Na homilia, o cardeal explicou que o Santo Padre está diretamente ligado à Pontifícia Universidade Católica. "Ele, o Sumo Pontífice, é o catedrático na Igreja. [...] Numa Universidade Católica, estamos ligados à Cátedra de São Pedro", frisou Dom Odilo.
Malgrado as demonstrações claras de intolerância e desrespeito por parte dos baderneiros, a missa e o ato de dignificação da Cruz foram uma vitória acachapante sobre a soberba do pensamento gramcista que infesta a maioria, senão todas as universidades do país. Uma demonstração lúcida de que a Cruz é a salvação que opera no silêncio, apesar dos berros daqueles que estão dominados pela vaidade e por um automatismo desregrado que os impede de raciocinar de maneira equilibrada. Que a exemplo de Dom Odilo Scherer, outras autoridades possam se levantar para defender a genuína universidade católica e o ensinamento tradicional.
Diácono Valney.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Falta compreensão dos aspectos religiosos à imprensa.


Nazário Moisés.

A mídia em geral tem cometido alguns erros na cobertura da renúncia e da sucessão papal. O mais grave deles é a sua abordagem do assunto a partir de um ponto de vista exclusivamente laico. Não se deve esperar, claro, que a imprensa trate o caso da forma como o faria um teólogo; mas certamente não é correta a cobertura que está sendo feita, que se assemelha à de uma eleição comum. Essa visão excessivamente laica é demonstrada na falta de compreensão do processo e nos temas que os jornalistas destacam, monotonamente, como relevantes para o futuro pontificado.
Em razão da inexperiência, da falta de conhecimentos mínimos sobre a Igreja e dos vieses ideológicos, os jornalistas enxergam o papa como se fosse o presidente de uma multinacional e os cardeais ora como se fossem executivos integrantes do conselho diretor de uma empresa, ora como candidatos ávidos por votos disputando uma eleição de cidade interiorana.
É de se crer que nem todos os cardeais ajam corretamente. Mas também é má-fé imaginar que todos sejam carreiristas, oportunistas, ambiciosos que sonham em sentar no trono de São Pedro. Muitos cardeais, provavelmente a maioria, não devem ter nenhuma vontade de calçar as sandálias do pescador. O papado traz poder, mas traz também imensas responsabilidades, além de superexposição a uma mídia cada vez mais hostil, a necessidade de realizar muitas viagens e de se posicionar a respeito de inúmeros assuntos, religiosos e seculares, sem falar de outras dificuldades.
Doutrina milenar
O preconceito se deixa mostrar nas análises da renúncia de Bento 16: o ato de deixar o cargo, para alguns comentaristas, demonstraria apego ao poder, e não o contrário. A imagem do Joseph Ratzinger carreirista foi forjada pelos desafetos do antigo cardeal e aceita pelos jornalistas, que de resto não costumam ter outras fontes a não ser esses desafetos – tanto é que eles reaparecem agora em todos os jornais, sempre as mesmas pessoas.
A cobertura da mídia enriqueceria bastante se ela se abrisse para os aspectos mais propriamente religiosos do processo que está em curso e se levasse em consideração a dinâmica própria da Igreja – suas regras e suas crenças. Se compreendesse que o papa não é um CEO de uma megacorporação, mas um líder que desempenha um serviço pesado sem qualquer perspectiva de ganho real e defende uma doutrina de dois mil anos. Se considerasse que os cardeais e demais integrantes da cúria podem, sim, estar realmente desejosos de desempenhar da melhor forma possível seus trabalhos, e não apenas buscar o poder a qualquer custo. Não há contradição entre noticiar livremente todo o processo e manter o espírito aberto.
Além disso, assim como ocorreu em 2005, muitos jornais voltam a propor ao próximo papa uma pauta completamente irrealista, baseada tão somente nos interesses dos próprios jornalistas. Segundo muitos veículos, o futuro pontífice deverá lidar com questões como casamento homossexual, ordenação de mulheres e aborto. Na realidade, não há motivo algum para que isso aconteça: são questões já resolvidas pela Igreja. Suas posturas quanto a tais assuntos já foram afirmadas e reafirmadas ao longo dos séculos sem qualquer possibilidade de mudança, uma vez que estão alicerçadas em documentos considerados sagrados.
O fato de parte da sociedade atual pensar diferente daquilo que prega a Igreja não significa que a Igreja deva mudar sua doutrina. Aqui, os jornalistas confundem a instituição com uma empresa que busca disponibilizar produtos ao gosto do grande público. Incapazes de compreender seu papel, chegam a dar conselhos para que conquiste mais fiéis. Goste-se disso ou não, acredite-se nisso ou não, a Igreja existe para defender e divulgar um corpo doutrinário estabelecido há milênios. Qualquer mudança nisso seria uma traição aos seus princípios e nenhum papa poderá fazê-lo.
Diácono Valney

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Os últimos compromissos do Papa Bento XVI.


                                                                               
Por CNBB.

Nesta quinta-feira, 14 de fevereiro, a agenda do Papa inclui mais um encontro significativo: trata-se de uma reunião com o clero de Roma, na “Sala Paulo VI”. Depois, nos próximos dias, haverá encontros e audiências marcadas com alguns grupos de bispos italianos, com o Presidente da Romênia e com o Presidente da Guatemala, respectivamente sexta-feira e sábado de manhã, encontros que já tinham sido marcados há algum tempo.
No final da semana ainda há espaço para receber dois políticos italianos, Mário Monti e o Presidente Giorgio Napolitano, audiências que terão lugar, praticamente, a uma semana das eleições italianas.
No próximo domingo, teremos ainda o Angelus ao meio-dia e depois, o Papa entra em retiro durante toda a semana, não havendo, por isso, audiência geral na quarta-feira. O retiro já estava previsto e tem o Cardeal Ravasi como pregador. Quando terminar o retiro, Bento XVI volta, pela última vez, à janela do seu apartamento para o seu último Angelus de domingo dia 24 de fevereiro.
Na segunda-feira seguinte, o Papa recebe os cardeais da Cúria Romana em audiência privada. Terça-feira, dia 26, é dia livre e a grande despedida está prevista para a audiência geral de quarta-feira, dia 27. Excepcionalmente, esta audiência realiza-se na Praça de São Pedro para poder acolher todos os fiéis que se quiserem despedir do Papa.
E chegamos ao seu último dia de Papa. No dia 28 de Fevereiro às 11h00 (hora de Roma) saúda todos os Cardeais que se encontrarem em Roma e pelas 17h locais parte de helicóptero para Castel Gandolfo, onde provavelmente ficará até o novo Papa ser eleito.

Diácono Valney.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Papa Bento XVI anuncia renúncia.

O Papa Bento XVI anunciou, na manhã desta segunda-feira, que deixará o pontificado a partir do sia 28 de fevereiro. Veja a seguir o texto integral, publicado pela Rádio Vaticano:
Caríssimos Irmãos,
convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.
Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.
BENEDICTUS PP XVI.
Diácono Valney

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Bento XVI nomeia novo bispo auxiliar para Brasília


peValdir_MamedeA Nunciatura Apostólica comunicou na manhã desta quarta-feira, 6 de fevereiro, a nomeação do Monsenhor Valdir Mamede como novo bispo auxiliar de Brasília (DF).  O Santo Padre acolheu solicitação do arcebispo Dom Sérgio da Rocha que pediu um novo colaborador.
Monsenhor Valdir Mamede foi até agora, pároco da Paróquia Imaculada Conceição de Maria, no Park Way, em Brasília. Mineiro de Silvianópolis, nasceu em 21 de julho de 1961. Entrou para o Seminário dos Claretianos em Pouso Alegre (MG), em 1979, e professou seus votos religiosos em 1981. Foi ordenado padre por dom João Bosco Óliver de Faria, em maio de 1988. Aceito no clero de Brasília pelo Cardeal dom José Freire Falcão, em 2003, foi incardinado por ato do cardeal dom João Braz de Aviz, em 2006.
Licenciado em Direito Canônico pelo Angelicum, de Roma, na Itália, Monsehor Mamede obteve título acadêmico de Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.
Principais atividades pastorais como missionário claretiano:
- 1988: Vigário paroquial na Paróquia do Imaculado Coração de Maria, em Pouso Alegre (MG);
- 1989-1992: Vigário paroquial e pároco (1992-1995) da Paróquia Imaculado Coração de Maria na cidade do Rio de Janeiro (RJ);
- 1992-2000 – Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Taguatinga (DF).
Atividades como membro do Clero da Arquidiocese de Brasília:
2003 – 2007: Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no Gama (DF);
2007 – 2013: Pároco da Paróquia Imaculado Coração de Maria no Park Way.
O novo bispo também foi Vigário Judicial Adjunto do tribunal Eclesiástico de Brasília entre 2004 e 2007. Desde 2004 também, ele é professor de Direito Canônico no Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima de Brasília. Monsenhor Mamede também leciona no Curso Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília.
Outras funções que exerce atualmente:
- Presidente do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Brasília;
- Membro do Conselho Presbiteral Arquidiocesano;
- Membro do Conselho Episcopal.
Diácono Valney